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    À CNN, presidente eleito do Equador diz que ‘não haverá política de perseguição’

    'Não venho com a lista das pessoas que quero na prisão', disse o recém-eleito Guilherme Lasso; para ele, o Judiciário 'tem o dever de agir' contra a corrupção

    Da CNN

    Após três tentativas de ocupar a cadeira presidencial, Guilherme Lasso chega à presidência do Equador. O ex-banqueiro e político conservador assume um país que enfrenta, além da pandemia, um legislativo dividido.

    Lasso falou à CNN en Español pela primeira vez como presidente eleito para os próximos quatro anos. Ele abordou os processos judiciais contra importantes figuras políticas, como o ex-presidente Rafael Correa, o controlador Pablo Celi e o ex-secretário da Presidência José Augusto Briones.

    “Sempre estarei do lado da luta contra a corrupção, mas respeitarei o princípio da independência de poderes”, disse Lasso em uma entrevista ao programa “Conclusiones”, com Fernando del Rincón.

    “No Equador não haverá impunidade, mas não haverá política de perseguição. Não venho com a lista das pessoas que quero ver na prisão, mas o Judiciário tem o dever de agir”, disse.

    Lasso afirmou que os apelos de seu rival Andrés Arauz e do ex-presidente Correa foram “duas atitudes democráticas”.

    O presidente eleito ainda avaliou o legado de Lenín Moreno. “A consulta popular por meio dos equatorianos mostrou uma clara rejeição à sua reeleição por tempo indeterminado”, disse Lasso.

     ‘O Equador não é um país falido’

    O presidente eleito disse que o problema do país é o setor público, “um governo muito mal administrado nos últimos 14 anos”, mas que tem um setor privado “poderoso” – e esta será a força com que o Equador se moverá.

    “O Equador não é um país falido”, disse dando mais detalhes de sua estratégia de recuperação econômica. “Temos a oportunidade de dobrar a produção de petróleo no médio prazo”.

    Lasso ainda disse que no dia 24 de maio enviará um projeto de lei para revogar a atual lei de comunicação e apresentar uma lei substitutiva que consagre a liberdade de imprensa e expressão para que todos os equatorianos possam expressar suas opiniões “sem medo de serem perseguidos pelo Estado”. “Temos que acabar com este modelo de opressão”, disse.

    O candidato presidencial do Equador, Guillermo Lasso, acena para seus apoiadores
    Guillermo Lasso, acena para seus apoiadores ao deixar o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em Quito, Equador, 12 de fevereiro de 2021
    Foto: REUTERS / Cecilia Puebla SEM REUTERS. SEM ARQUIVOS

    A transição

    A partir da próxima semana começa a transição presidencial, quando as equipes de governo do presidente Lenín Moreno e do presidente eleito Guilherme Lasso se reúnem pela primeira vez.

    O secretário-geral de gabinete da presidência disse que o Ministério do Trabalho vem reunindo todas as informações necessárias para que o processo seja ágil e ordenado.

    Lasso, de 65 anos, está vinculado ao setor produtivo há 50 anos. Ele começou muito jovem, quando a economia familiar foi atingida. Nascido em Guayaquil, o agora eleito presidente do Equador obteve mais de 52% dos votos contra seu adversário de esquerda, Andrés Arauz.

    Com informações de Ana María Cañizares, Julián Zamora e Fernando del Rincón.

    (Esse texto é uma tradução. Para ler o original, em espanhol, clique aqui)

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