Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Uso de remdesivir por Trump pode indicar infecção grave de Covid-19, diz médico

    André Kalil, médico brasileiro que atua nos Estados Unidos, falou sobre o tratamento do presidente dos EUA com o antiviral

    Da CNN

    A última atualização médica sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou progresso no combate à infecção pelo novo coronavírus. A equipe de profissionais da saúde que acompanha Trump informou que, na noite de sexta-feira (2), ele recebeu a primeira dose do antiviral redemsevir.

    O médico brasileiro André Kalil, que é pesquisador na Universidade de Nebraska e liderou os testes com o medicamento no Estados Unidos, avaliou à CNN que o quadro de Trump pode ter piorado ontem, já que o redemsevir só é indicado em casos de agravamento da Covid-19.

    “Aqui nos Estados Unidos, a indicação [para tomar redemsevir] é para pacientes que estão infectados com Covid-19, têm a necessidade de serem hospitalizados e têm progressão da doença, ou seja, o indivíduo não está conseguindo se hidratar e comer adequadmente, está com falta de ar e muita febre”, explicou Kalil.

    Os médicos de Donald Trump relataram que ele não teve dificuldade para respirar, mas registrou febre e tosse. O presidente norte-americano também está sendo encorajado a comer e beber bem para se manter hidratado.

    Nas últimas 24 horas, Trump não teve febre. Kalil, no entanto, ressaltou que isso não indica que a doença está sendo curada, mas sim que ela segue em progresso.

    Leia mais:

    ‘Estamos contentes com o progresso de Trump’, diz equipe médica do presidente
    Coquetel usado para tratar Trump tem sido testado em pacientes do Reino Unido
    Quem assume se Trump ficar muito doente para governar? Veja linha de sucessão

    “O fato dele não ter tido febre nas últimas 24h não significa nada. Eu tenho pacientes que sentem febre num dia, mas não tem no outro. A ausência de febre significa simplesmente parte do processo natural da doença. As pessoas na idade dele, entre 70 e 80 anos, têm um sistema imunológico que não tem aquela capacidacidade de produzir febre alta.”

    André Kalil relatou que a pesquisa liderada por ele sobre o redemsevir, iniciada em fevereiro, já administrou o medicamento em quase 3 mil pessoas.

    “É um medicamento que tem capacidade de cancelar a replicação da Covid-19. Nesse momento, usamos essa medicação com o objetivo de reduzir os sintomas, o tempo de hospitalização e a mortalidade desses pacientes”, pontuou.

    Tópicos