A casa caiu: o drama da família milionária que perdeu tudo e foi assassinada

Não precisa ir muito longe na internet pra encontrar algum post ou referência a uma tal de família Usher. Só se fala nisso nos últimos dias. E não é pra menos: a história deles é realmente impressionante e é quase impossível não querer saber mais sobre ela.

Imagina só: dois irmãos donos de uma empresa farmacêutica nos Estados Unidos, responsáveis pela criação de um remédio que promete acabar com a dor do mundo, que veem todo esse império desabar quando uma mulher misteriosa aparece e os 6 herdeiros da família começam a morrer, um por um. Mal dá tempo de lamentar a perda de um e logo vem a notícia da morte do outro. E mortes horríveis, de muita crueldade. Todas num intervalo muito curto de tempo.

Esse é o mistério que fez MUITA gente parar na frente da TV pra ver a nova série de terror da Netflix: A Queda da Casa de Usher. O nome não é lá dos mais chamativos mas, depois de ver tanta gente falando bem sobre ela, acabei me rendendo – sentei no meu sofá no último domingo, apertei o play e não demorou pra eu cancelar todos os compromissos que tinha naquele dia.

Antes de continuar, acho importante dizer que sou uma grande fã de produções de terror e suspense e me considero uma grande investigadora toda vez que existe um mistério na história. Já consegui desvendar muitos, mas confesso que a história dos Usher me deixou bastante confusa ao longo dos episódios.

Por que raios todos os filhos estavam morrendo? Quem era aquela mulher que aparecia em todo lugar? São muitas as perguntas, mas todas começam a ser respondidas através das lembranças do patriarca da família, que aos poucos vai desvendando os mistérios e fazendo a gente entender o que aconteceu.

A ideia aqui não é avançar na história pra não estragar a experiência caso você ainda não tenha visto. A ideia é dividir um pouco do que me fez gostar tanto dessa série – e aparentemente não só eu. Quem tá por trás da história é o diretor Mike Flanagan, que é um nome bastante conhecido da Netflix – também é dele ‘A Maldição da Mansão Bly’ e ‘Missa da Meia-Noite’, duas séries de muito sucesso.

Nesse novo desafio, ele faz uma adaptação de um conto do Edgar Allan Poe, um dos escritores de terror mais importantes de todos os tempos.

Sim, temos muitas cenas assustadoras (que são muito boas), uma clássica trilha sonora que eventualmente faz a gente pular do sofá, aquela boa e velha previsibilidade do personagem que tá caminhando em direção à morte e só ele não sabe e tudo aquilo que uma produção de terror tem direito, mas vai além disso – A Queda da Casa de Usher faz muitas críticas a diversas questões do mundo “real”.

Começando, claro, com a indústria farmacêutica, a epidemia de opióides e os testes em animais, mas também tem críticas à tecnologia e ao avanço da inteligência artificial como um meio de imortalidade e à busca por dinheiro e poder cada vez maior entre os que já os têm. A série, inclusive, te faz pensar – entre um susto e outro – até onde você iria pra garantir o teu sucesso e a sua riqueza.

Cada um tem uma resposta pra isso, claro, mas tenho quase certeza que poucos iriam tão longe quanto os Ushers. Talvez os Roy, de Succession (outra série incrível que também recomendo).

Essa é, então, minha dica de Halloween aqui na newsletter: são só 8 episódios, bem fácil de maratonar. E, caso você goste, já aproveita e assiste às outras séries do Flanagan. Só recomendo muito que você não cometa o mesmo erro que eu e veja com alguém – porque ninguém precisa passar medo sozinho. Agora dá licença que ouvi um barulho lá da cozinha e, como aprendi em tantos anos de terror, preciso ir até lá ver o que é… se não tiver texto meu daqui a 15 dias por aqui, você sabe onde me encontrar.