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    Shein com impostos tem preços “mais brasileiros”, mas ainda é mais barata, diz BTG

    Lista de compras da importadora é 26% mais barata que a Renner, 22% abaixo do preço da Riachuelo e 17% inferior à lista na C&A

    Fernando NakagawaPedro Zanattada CNN , São Paulo

    Os preços da Shein estão cada vez mais brasileiros. A constatação está em um estudo do BTG Pactual sobre o varejo de moda no Brasil. Com o novo sistema de importação para compras no exterior, as compras na plataforma chinesa ficaram menos competitivas e os valores estão mais próximos dos concorrentes brasileiros, dizem os analistas do banco.

    Calça jeans, camiseta, jaqueta, moletom, saia e vestido, além de uma bolsa e bota, fazem parte da lista de compras do BTG Pactual para a comparação da Shein com três grandes nomes do varejo de moda no Brasil: C&A, Renner e Riachuelo.

    E a pesquisa trouxe duas conclusões — e uma é óbvia: 1) ficou mais caro comprar na Shein e 2) mesmo assim ainda é mais barato comprar na plataforma chinesa.

    Segundo o relatório, a lista de compras na Shein é 26% mais barata que a Renner, 22% abaixo do preço da Riachuelo e 17% inferior à lista na C&A. Em abril, quando a mesma pesquisa foi feita, os preços da Shein eram 40% menores que os praticados pela Renner. “Comparando com os resultados de abril, a diferença de preços entre a Shein e as outras empresas ficou mais estreita”, diz o relatório.

    O BTG nota ainda que essa vantagem da Shein pode ficar ainda menor. Os analistas do banco lembram que a plataforma chinesa anunciou a intenção de produzir em solo brasileiro 80% das vendas e importar apenas 20% da China.

    “Combinado com um potencial aumento na taxação — com aumento do imposto de importação, isso pode significar que a Shein vai competir debaixo das mesmas – ou pelo menos mais perto – condições dos produtores e varejistas locais, o que pode levar a preços mais altos”, diz o relatório.

    Em 2022, o BTG estima que a Shein vendeu R$ 7 bilhões no Brasil. Para efeito de comparação, a Renner anunciou vendas líquidas de R$ 11,5 bilhões no mesmo período.

    Com o novo programa “Remessa Conforme”, as compras de plataformas como a Shein, Aliexpress e Shopee têm isenção nos pacotes de até US$ 50. Valores acima passam a pagar tributo de importação de 60%. Além disso, a plataforma da Receita Federal dá condições para cobrar o estadual ICMS – o que também era sonegado nessas operações.

    Veja também: Shein começa a isentar taxas em compras de até US$ 50

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