Twitter classifica como ‘manipulado’ vídeo compartilhado por Trump
Esta é a terceira vez que a empresa toma medidas contra o presidente norte-americano dentro de um mês
O Twitter classificou, na noite dessa quinta-feira (18), um vídeo compartilhado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como “manipulado”. Esta é a terceira vez que a empresa toma medidas contra o magnata dentro de um mês.
Trump tuitou um vídeo com imagens falsamente atribuídas à CNN em que aparece escrito: “EUA não é um problema. As notícias falsas, sim”.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 19, 2020
Um porta-voz da companhia disse, na quinta, que a medida seguiu a política da empresa. “O tuíte foi classificado de acordo com a nossa política [que avalia] de meios artificiais e manipulados para dar mais contexto às pessoas”.
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O vídeo, que tem 60 segundos de duração, começa com imagens, que viralizaram na internet, de um menino negro fugindo de um garoto branco. A tarja do vídeo falso da CNN diz: “Criança aterrorizada foge de um bebê racista”. Depois, é mostrado o restante do vídeo, quando as duas crianças correm para se abraçar.
A CNN contou a verdadeira história do vídeo em 2019. Um porta-voz da CNN respondeu ao tuíte de Trump. “A CNN cobriu essa história, mas exatamente como aconteceu. Assim como a CNN informou sobre as suas [de Trump] posições na corrida eleitoral (e seus números nas pesquisas). Continuaremos trabalhando com fatos e convidamos você a fazer o mesmo, em vez de tuitar vídeos falsos que exploram crianças inocentes. Seja melhor.”
No vídeo que Trump compartilhou no Twitter havia um crédito a @CarpeDonktum, que publica, com frequência, memes e vídeos de paródias que apoiam o presidente.
Depois que o presidente tuitou o vídeo, as imagens rapidamente viralizaram, acumulando milhões de visualizações em menos de duas horas.
Em maio. a rede social marcou duas vezes os tuítes, enfurecendo o presidente e seus partidários e incitando-o a assinar um decreto dirigido às empresas do setor.
Em um dos tuítes destacados, Trump fazia afirmações falsas sobre a votação pelo correio na Califórnia. Poucos dias depois, a rede social destacou outra publicação, a qual classificou como uma glorificação da violência: “quando começam os saques, começam os disparos”, havia dito o magnata em uma postagem.
Facebook apaga anúncios de Trump
Mais cedo, também nessa quinta-feira (18), o Facebook apagou anúncios publicados pela campanha de Trump, sob o argumento de que eles violavam a política da empresa contra o discurso de ódio.
As publicações, que atacavam o grupo de esquerda Antifa, mostravam um símbolo que a Liga Antidifamação (ADL) afirmou ser “praticamente idêntico ao utilizado pelo regime nazista para classificar os presos políticos nos campos de concentração”.
A campanha de Trump se defendeu das acusações, alegando que o símbolo foi usado por ativistas da Antifa.
A ADL disse, em resposta, que alguns ativistas da Antifa usaram o símbolo, mas não é particularmente comum.
(Texto traduzido, clique aqui e leia o original em inglês.)