Tailândia suspende medidas de emergência para impedir protestos
Países atravessa meses de protestos contra o primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha e a monarquia
O governo da Tailândia ordenou, nesta quinta-feira (22), a remoção das medidas de emergência impostas uma semana antes para tentar encerrar meses de protestos contra o primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha e a monarquia, disse um comunicado.
As medidas, que provocaram manifestações ainda maiores, serão suspensas a partir da tarde desta quinta-feira, no horário local.
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“A atual situação de violência que levou ao anúncio da grave situação diminuiu e terminou em uma situação em que funcionários do governo e agências estatais podem aplicar as leis regulares”, disse o comunicado publicado no jornal oficial Royal Gazette.
Na última quinta, o governo do país prendeu várias lideranças de protestos e anunciou a proibição de reuniões de mais de cinco pessoas sob um decreto de emergência que visava reprimir manifestações pró-democracia que têm crescido no país há mais de três meses.
O decreto foi emitido depois que milhares de manifestantes marcharam do Monumento à Democracia da cidade e romperam uma barreira policial para acampar em frente aos escritórios do primeiro-ministro Prayut Chan-o-cha na noite de quarta-feira. Os manifestantes pediam a renúncia de Prayut e a reforma da monarquia.
“Ao que parece, houve vários grupos convidando, incitando e cometendo reuniões ilegais”, dizia o decreto. “Houve atividades que afetaram a paz e a ordem pública”.
Além de limitar os grupos a cinco pessoas, o decreto de emergência incluía uma proibição nacional de publicar e transmitir notícias e informações – inclusive online – que “incitam o medo entre o público”.