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    Israel: Marcha polêmica em Jerusalém deve ser primeiro desafio para novo governo

    Autoridades palestinas e israelenses demonstram preocupação com a possibilidade de agravamento das tensões devido à Marcha de Jerusalém

    Hadas Gold, Amir Tal e Kareem Khadder, da CNN, em Jerusalém

    A polêmica Marcha de Bandeira da direita através de Jerusalém Oriental está marcada para terça-feira (15), após novo governo de Israel autorizá-la na segunda-feira.

    Naftali Bennett foi empossado como novo primeiro-ministro de Israel no domingo e a marcha deve ser o primeiro teste real para seu governo.

    O Ministro da Segurança Interna, Omer Bar-Lev, fez uma avaliação da situação com a participação do Comissário, das Forças de Defesa de Israel, do Shin Bet e do Conselho de Segurança Nacional, segundo nota divulgada por seu gabinete na segunda-feira.

    O comunicado acrescenta que o ministro foi inteirado dos planos operacionais para o desfile das bandeiras em Jerusalém na terça-feira.

    Novo primeiro-ministro israelense Naftali Bennett
    Novo primeiro-ministro israelense Naftali Bennett
    Foto: Amir Levy/Getty Images

    “Tive a impressão de que a polícia está bem preparada e que muito esforço foi feito para manter o delicado tecido da vida e da segurança pública.” disse o ministro Bar-Lev no pronunciamento.

    A Marcha das Bandeiras estava planejada para ocorrer em 10 de maio como parte das comemorações do dia de Jerusalém, mas em uma decisão incomum, foi desviada de última hora pela polícia, não permitindo que eles passassem pelo portão de Damasco e pelo bairro muçulmano na Cidade Velha devido à situação já tensa em Jerusalém.

    A marcha acabou sendo cancelada minutos depois de ter começado na nova rota devido aos foguetes do Hamas disparando contra Jerusalém enquanto as sirenes eram ouvidas por toda a cidade.

    É um desfile anual onde grupos judeus de extrema direita caminham pela Cidade Velha de Jerusalém carregando bandeiras israelenses e dançando para celebrar a conquista do controle do Muro das Lamentações por Israel durante a Guerra dos Seis Dias em 1967.

    De acordo com os organizadores, a marcha chegará ao portão de Damasco na noite de terça-feira, onde os manifestantes dançarão com bandeiras e, em seguida, continuarão ao redor dos muros da cidade velha e entrarão pelo portão de Jaffa no Muro das Lamentações. Ainda não está claro qual é a rota exata plenejada para a manifestação.

    Os palestinos já expressaram sua preocupação de que a demonstração possa reagravar as tensões com Israel, aliviadas há poucas semanas.

    O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, condenou a marcha, chamando-a de “uma provocação”.

    “Advertimos sobre as repercussões perigosas que podem resultar da intenção da potência ocupante de permitir que colonos israelenses extremistas realizem a Marcha das Bandeiras em Jerusalém ocupada amanhã, uma provocação e agressão contra nosso povo, Jerusalém e suas santidades que devem acabar”, disse Shtayyeh em uma postagem no Twitter na segunda-feira.

    O porta-voz do Hamas, Abdel Latif al-Qanou, disse que a marcha seria um “estopim para uma nova explosão para defender Jerusalém e a Mesquita de Aqsa”, como ele citou pelo canal de TV do grupo, o Aqsa T.V.

    A embaixada dos EUA em Israel emitiu um alerta de viagem na segunda-feira, antes da marcha esperada.

    “Devido aos apelos por uma Marcha da Bandeira em Jerusalém e possíveis contramanifestações na Cidade Velha na terça-feira, 15 de junho de 2021, funcionários do governo dos EUA e seus familiares estão proibidos de entrar na Cidade Velha de Jerusalém no dia 15 de junho.

    “Os cidadãos americanos devem levar isso em consideração ao fazer planos de viagem”, disse a embaixada.

    (Texto traduzido. Leia mais em inglês).

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