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    Em meio a protestos, líder de Belarus diz que não haverá eleições até sua morte

    Manifestantes dizem que reeleição de Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos, foi fraudada

    da CNN

    O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, declarou nesta segunda-feira (17) que o país não terá novas eleições “até que me matem”. A afirmação foi feita em visita a uma fábrica na capital Minsk, onde recebeu vaias e gritos pedindo sua saída. 

    “Vocês falam sobre eleições desonestas e querem uma nova eleição”, disse ele. “Minha resposta a isso —nós já tivemos eleições, e até que me matem, não haverá nenhuma nova eleição”. 

    Lukashenko enfrenta o maior desafio em seus 26 anos no poder, com protestos, greves em massa e risco de sanções da União Europeia desde a repressão sangrenta de protestos contra o que os manifestantes chamam de eleição fraudulenta. 

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    Presidente de Belarus, Alexander Lukashenko discursa em Minsk
    Presidente de Belarus, Alexander Lukashenko discursa em Minsk
    Foto: Stringer/Reuters (16.ago.2020)

    Nos resultados oficiais, o atual líder recebeu mais de 80% dos votos no pleito, que aconteceu no último dia 9. A candidata da oposição, Svetlana Tikhanovskaya, disse mais cedo estar pronta para assumir o cargo e pacificar o país. Ela está exilada na Lituânia.

    Lukashenko disse estar disposto a compartilhar o poder e mudar a Constituição, mas que não o faria sob pressão das ruas. 

    “Submeteremos as mudanças a um referendo, e cederei meus poderes constitucionais. Mas não sob pressão ou por causa da rua”, afirmou. “Não sou santo. Vocês conhecem meu lado duro. Não sou eterno. Mas se vocês arrastarem o primeiro presidente, arrastarão países vizinhos e todo o resto.”

    Na manhã desta segunda, os bielorrussos ligaram a televisão e assistiram a mesas vazias e reprises. Funcionários dos canais estatais fizeram um protesto em solidariedade aos manifestantes e contra a censura à imprensa. A mídia estatal em Belarus era vista como uma das principais ferramentas de propaganda de Lukashenko. 

    (Com informações da CNN Internacional e Reuters)

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