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    China e Índia concordam em parar de enviar tropas para fronteira disputada

    Em uma declaração conjunta, ambos os lados concordaram em fortalecer a comunicação no terreno para evitar mal-entendidos ou ações "que podem complicar situação"

    O premiê indiano Narendra Modi e o presidente chinês Xi Jinping
    O premiê indiano Narendra Modi e o presidente chinês Xi Jinping Foto: Twitter/ Reprodução

    Steven Jiang e Helen Regan, da CNN

    China e Índia concordaram, nesta segunda-feira (23), em parar de enviar mais tropas para sua fronteira disputada no Himalaia, após uma escalada das tensões entre as duas potências nucleares.

    Comandantes militares indianos e chineses se reuniram na segunda-feira para discutir a estabilização das tensões ao longo da Linha de Controle Real (LAC), a linha de demarcação vagamente definida que separa os dois países.

    Em uma declaração conjunta, ambos os lados concordaram em fortalecer a comunicação no terreno para evitar mal-entendidos ou ações “que podem complicar a situação”.

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    Eles também concordaram em não tomar nenhuma ação unilateral que mudasse a situação no terreno, de acordo com o comunicado. Outra rodada de reuniões militares de alto nível será realizada “assim que possível”, segundo ambas as partes.

    As tensões têm aumentado no Himalaia desde um confronto sangrento entre as tropas indianas e chinesas em junho e os esforços para diminuir a intensidade após a violência parecem estar diminuindo.
    Pelo menos 20 soldados indianos foram mortos naquele incidente, o conflito de fronteira mais mortal com a China em mais de 40 anos. A China nunca reconheceu nenhuma vítima desse confronto.

    Reuniões foram imediatamente marcadas entre altos oficiais militares chineses e indianos, e ambos os lados pediram calma, mas no início de setembro tanto Nova Délhi quanto Pequim se acusaram de cruzar ilegalmente seus territórios, levando a um novo ataque de sabres em ambos lados.

    Uma semana depois, China e Índia acusaram as tropas uma da outra de disparar tiros de advertência na fronteira sino-indiana, supostamente o primeiro caso em mais de quatro décadas. Ambos os lados culparam o outro por violar acordos bilaterais e tomar ações “provocativas”.

    Índia e China compartilham uma fronteira de 3.379 quilômetros de extensão no Himalaia, mas ambos os lados reivindicam território de cada lado dela.

    A disputa mais recente foi em torno de Pangong Tso, um lago estrategicamente localizado a cerca de 4.200 metros acima do nível do mar que se estende por uma área que se estende do território indiano de Ladakh ao Tibete controlado pelos chineses, na região da grande Caxemira, onde a Índia, China e o Paquistão reivindicam território.

    A Linha de Controle Real, que marca a fronteira de fato e passa pelo lago, foi estabelecida na esteira da guerra sino-indiana de 1962. Embora apareça em mapas, Índia e China não concordam sobre sua localização precisa e ambas acusam regularmente a outra de ultrapassá-la ou de tentar expandir seu território.

    Em 1996, os dois países assinaram um acordo que estabelece que nenhum dos lados deve abrir fogo dentro de 2 quilômetros da ALC para “prevenir atividades militares perigosas”.
    Nectar Gan da CNN, Swati Gupta e James Griffiths contribuíram.