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    Biden: Putin está certo sobre as relações EUA-Rússia estarem em “um ponto baixo”

    Presidentes se encontrarão na próxima quarta-feira (16), em Genebra

    Kate Sullivan, CNN

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concordou neste domingo (13) com a declaração do presidente russo, Vladimir Putin, sobre as relações entre os EUA e a Rússia estarem em um “ponto baixo”. Os dois líderes têm encontro marcado para a próxima quarta-feira (16), em Genebra, na Suíça.

    “Acho que ele está certo, é um ponto baixo. E isso depende de como ele vai reagir com as normas internacionais – o que, em muitos casos, ele não fez”, disse Biden a repórteres em entrevista coletiva antes de deixar o encontro do G7 na Cornualha.

     Em entrevista ao canal norte-americano NBC News, transmitida na noite de sexta-feira, Putin disse: “Temos um relacionamento bilateral que se deteriorou ao seu ponto mais baixo nos últimos anos.” 

    A declaração veio depois de um comentário do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que disse à CNN que Putin queria se encontrar com Biden precisamente por causa do mau estado das relações entre as duas nações.

    Biden disse que os EUA “não estão procurando conflito” e disse que pode haver uma “doutrina estratégica” com a qual os países poderiam concordar que toque em áreas como a crise climática.

    “Estamos procurando resolver aquelas ações que consideramos inconsistentes com as normas internacionais. Onde pudermos trabalhar juntos, podemos fazer isso em termos de alguma doutrina estratégica que pode ser trabalhada em conjunto. Estamos prontos para fazê-lo. Pode haver outras áreas. Fala-se até de que podemos trabalharmos juntos no clima”, disse Biden.

    Biden defendeu a decisão de não realizar uma entrevista coletiva conjunta com Putin após a reunião, argumentando isso só serviria para diminuir a meta dos EUA de trabalhar em direção a um relacionamento estável e previsível com a Rússia.

    “Este não é um concurso sobre quem pode se sair melhor na frente de uma entrevista coletiva ou tentar envergonhar uns aos outros. Trata-se de deixar muito claro quais são as condições para conseguir um relacionamento melhor com a Rússia.”

    Biden planeja abordar as tensas relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a Rússia quando se encontrar com Putin na quarta-feira, com a esperança de que os dois líderes concordem em enviar seus embaixadores de volta a Washington e Moscou após meses sem nenhum diplomata presente em nenhum dos países. 

    O embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, foi chamado de volta de Washington há cerca de três meses, depois que Biden chamou Putin de assassino. O embaixador dos Estados Unidos na Rússia, John Sullivan, deixou Moscou há quase dois meses, depois que a Rússia sugeriu que ele voltasse a Washington para consultas. Não ter um embaixador em nenhum dos países tornou a condução da diplomacia básica ainda mais difícil em um momento em que as relações já estão severamente tensas.

    Os EUA impuseram sanções abrangentes à Rússia em abril e anunciaram que estavam expulsando 10 diplomatas russos em resposta à interferência nas eleições russas, ataques cibernéticos, abusos dos direitos humanos e a ocupação contínua da Crimeia. Em resposta, a Rússia anunciou que estava sancionando oito altos funcionários do governo dos Estados Unidos, expulsando dez diplomatas dos Estados Unidos e impondo fortes restrições ao pessoal da Embaixada dos Estados Unidos.

    Quando questionado por que Putin não pareceu mudar seu comportamento após essas sanções, Biden riu.

    “Ele é Vladimir Putin”, disse Biden.

    Ele acrescentou: “Não vou falar muito mais do que isso porque tenho que sentar com ele, mas ficarei feliz em conversar depois disso”.

    O secretário de Estado, Antony Blinken, disse no domingo à CNN que a reunião com Putin é o começo para descobrir se a relação entre os dois países pode melhorar.

    “Este é um começo para testar a proposta, a questão de se a Rússia está interessada em um relacionamento mais estável e previsível e em encontrar áreas para trabalharmos juntos. Não vamos obter a resposta em uma reunião. Teremos que ver o que vem dessa reunião”, afirmou Blinken.

    (Este texto foi traduzido do inglês. Clique aqui para ler o original)

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