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    EUA: Execução de única mulher no corredor da morte deve ficar para governo Biden

    Lisa Montgomery foi condenada em 2004 pelo assassinato de uma mulher grávida de 8 meses; pena deveria ter sido cumprida em 8 de dezembro, mas foi adiada

    Katelyn Polantz, da CNN

    A única mulher no corredor da Justiça federal dos Estados Unidos pode ter sua execução adiada para quando a administração do presidente eleito Joe Biden assumir, depois que um juiz federal determinou na quinta-feira (24) que o Departamento de Justiça ainda não pode redefinir a data de aplicação da pena.

    A execução de Lisa Montgomery estava programada para 8 de dezembro – ela foi condenada em 2004 por estrangular até a morte uma mulher do Missouri que estava grávida de oito meses, retirando o bebê do corpo da mãe e sequestrando-o. O bebê sobreviveu.

    A data, no entanto, foi adiada pelo tribunal porque dois dos advogados de Montgomery, que planejavam pedir clemência por ela, foram infectados pelo novo coronavírus.

    O Departamento de Justiça disse que tentou reprogramar a data de execução de Montgomery para 12 de janeiro, mas o juiz Randy Moss do Tribunal Distrital de DC afirmou na quinta-feira que a nova data não seguiu cronograma adequado conforme a ordem judicial anterior, postergando novamente a data de execução.

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    “A decisão do tribunal distrital exige que o governo siga a lei ao não definir uma data de execução para Lisa Montgomery enquanto a execução for suspensa”, disse Sandra Babcock, uma das advogadas de Montgomery, em um comunicado na quinta-feira. 

    “Dada a gravidade da doença mental da Sra. Montgomery, a tortura sexual e física que ela suportou ao longo de sua vida e a conexão entre seu trauma e os fatos de seu crime, apelamos ao presidente [Donald] Trump para conceder sua clemência e comutar sua sentença à prisão perpétua.”

    O governo Trump supervisionou 10 execuções federais nos últimos meses de sua presidência, a maior quantidade em um único ano nos Estados Unidos em décadas, e um renascimento desse tipo de pena após anos sem execução. Montgomery pode ser a primeira mulher executada pelo governo dos EUA desde 1953.

    Biden se comprometeu a abolir a pena de morte federal e a incentivar os estados a pararem de buscar sentenças de morte.

    Mas não está claro como o novo governo lidará com as execuções programadas pelo presidente Trump depois que ele deixar o cargo. Mais de três dezenas de membros do Congresso estão pressionando o governo Biden a priorizar o fim da pena de morte federal.

    (Texto traduzido; leia o original em inglês)

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