Oklahoma tenta devolver estoque de hidroxicloroquina avaliado em US$ 2 milhões
Agência americana revogou uma autorização de uso emergencial de hidroxicloroquina e cloroquina para tratar Covid-19
Funcionários do estado de Oklahoma estão tentando devolver a um distribuidor médico o estoque avaliado em US$ 2 milhões de hidroxicloroquina comprado pelo governo estadual. O medicamento usado contra malária foi anunciado, sem comprovação cientiífica, como um tratamento para Covid-19.
Em julho, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA revogou uma autorização de uso emergencial de hidroxicloroquina e cloroquina para tratar Covid-19. A agência agora diz que a hidroxicloroquina e a cloroquina não se mostraram seguras e eficazes no tratamento ou prevenção de Covid-19.
“Estamos trabalhando com o departamento de saúde para tentar devolver o estoque”, confirmou à CNN por e-mail o diretor de comunicações do escritório do procurador-geral de Oklahoma, Alex Gerszewsk.
Gerszewski não forneceu mais detalhes sobre o esforço.
A hidroxicloroquina foi inicialmente promovida pelo ex-presidente Donald Trump, que disse ter tomado a droga para se proteger contra a Covid-19.
Durante o verão americano, o FDA reverteu sua autorização de uso de emergência depois que uma série de estudos mostraram não só que não ajudava pacientes com coronavírus, mas também podia ser prejudicial, informou a CNN.
Em 12 de maio de 2020, o governador de Oklahoma, Kevin Stitt, republicano, “promulgou uma ordem executiva que removeu todas as restrições relacionadas às recomendações de hidroxicloroquina”, de acordo com o The Oklahoma State Board of Pharmacy.
Anteriormente, o estado havia exigido uma dispensa na prescrição do medicamento para evitar a escassez no início da pandemia, de acordo com a ordem executiva de Stitt em março.
A CNN entrou em contato com o Departamento de Saúde de Oklahoma, mas não obteve resposta.
Texto traduzido. Clique aqui para ler o original em inglês.