Maioria dos novos casos de Covid-19 em Nova York é entre pessoas em quarentena
Governador Andrew Cuomo voltou a insistir no uso de máscaras e o distanciamento social inclusive para quem não tem sintomas
Os números da epidemia do novo coronavírus continuam caindo em Nova York. Na terça-feira (19), o estado registrou 112 mortes, queda de 15% em menos de uma semana. Desde a segunda quinzena de abril, o número de pacientes que deixam as UTIs e recebem altas hospitalares é maior do que a quantidade de pessoas internadas com sintomas do novo coronavírus. O saldo negativo permitiu que o governador Andrew Cuomo reabrisse metade do estado nesta semana.
Agora, Nova York tenta entender o novo comportamento da epidemia. A maioria dos 300 novos casos reportados na terça-feira são de pessoas que garantem ter respeitado a quarentena. A hipótese mais provável é que os pacientes tenham sido contaminados por outros portadores do vírus que estejam assintomáticos.
Segundo o governador Cuomo, a situação reforça a necessidade do estado em ampliar a rede de testes. As autoridades anunciaram 104 novas estações de coletas de exames para Covid-19. Setenta e dois destes postos foram abertos em parcerias com organizações médico-humanitárias.
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A ampliação da rede de testes para o novo coronavírus e a chegada das máquinas de resultado instantâneo permitiram a Nova York atualizar o mapa da doença. O maior número de infectados é nas regiões que concentram as minorias.
O condado do Bronx – o mais pobre de Nova York – tem 34% dos infectados da metrópole; enquanto Staten Island, onde se concentram as casas de veraneio dos nova-iorquinos mais ricos, registra 19% dos doentes de coronavírus. De todos os doentes registrados em Nova York, 43% são negros e 56% são latinos. O governo prometeu adotar estratégias para atender as comunidades carentes assoladas pelo vírus.
Diante dos números e o perfil social dos infectados, o governador Andrew Cuomo voltou a insistir no uso de máscaras e o distanciamento social inclusive para quem não tem sintomas da gripe. Nova York lançou, hoje, uma campanha de conscientização. Ele acredita que o ato de cobrir o nariz e a boca deva durar muito tempo ainda.