‘Não somos racistas’, diz príncipe William sobre entrevista de Meghan e Harry
Em visita a escola no leste de Londres, ele afirmou que ainda não conversou com o irmão desde que a entrevista com Oprah Winfrey foi exibida, no domingo
O príncipe William disse nesta quinta-feira (11) que a família real britânica não é racista depois que Meghan, mulher de seu irmão mais novo, Harry, disse que um membro não identificado da família perguntou se a pele de seu filho Archie poderia ser muito escura.
A revelação surgiu durante uma entrevista explosiva que Harry e Meghan deram a Oprah Winfrey que foi ao ar no domingo, mergulhando a monarquia britânica em sua maior crise desde a morte da princesa Diana, mãe de William e de Harry, em 1997.
Em visita a uma escola no leste de Londres, William disse que não falava com Harry desde que a entrevista foi ao ar. “Ainda não falei com ele, mas falarei”, disse o príncipe.
Questionado por um repórter se a família real era racista, William disse: “Não somos uma família racista”.
Na entrevista de duas horas, Meghan também disse que a realeza ignorou seus pedidos de ajuda enquanto ela tinha sentimentos suicidas. Já Harry disse que seu pai, o herdeiro do trono, príncipe Charles, o decepcionou e que ele se sentiu preso.
Na terça-feira, o Palácio de Buckingham emitiu um comunicado em nome da Rainha Elizabeth II, a avó dos príncipes, no qual ela disse que a família estava triste com os desafios que o casal havia encontrado nos últimos anos.
O comunicado acrescentou que as questões raciais eram preocupantes e seriam tratadas com muita seriedade, mas afirmou claramente que “algumas lembranças podem variar”. O palácio disse ainda que se trata de um assunto de família que deve ser resolvido de forma privada.
Durante a entrevista, Harry deixou claro o quão distante ele estava dos outros membros de sua família, dizendo que seu pai havia parado de atender suas ligações em determinado momento, e que havia “espaço” em seu relacionamento com William.
“Muito continuará a ser dito sobre isso… como eu disse antes, você sabe, eu amo William demais, ele é meu irmão, passamos por um inferno juntos e temos uma experiência compartilhada”, disse ele. “Mas estamos em caminhos diferentes.”
A entrevista foi assistida por 12,4 milhões de telespectadores no Reino Unido e 17,1 milhões nos Estados Unidos.
Ela deixou o público britânico dividido: alguns acreditam que mostrou o quão desatualizada e intolerante a instituição era, enquanto outros a consideraram um ataque egoísta que nem Elizabeth II nem sua família mereciam.