Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Índia restringe exportação da vacina de Oxford para priorizar imunização no país

    Governo indiano impôs que fábrica do país venda doses de vacina da AstraZeneca apenas para uso interno nos próximos meses

    Da CNN, em São Paulo*



     

    A Índia restringiu, até pelo menos meados da março, a exportação da vacina contra coronavírus da Universidade de Oxford/ AstraZeneca produzida pelo maior fabricante de vacinas do país, o Serum Institute of India (SII). O anúncio foi feito nesta domingo (3) pelo chefe do instituto.

    “Recebemos uma licença restrita apenas para dar e fornecer (a vacina) ao governo da Índia porque eles querem priorizar os segmentos mais vulneráveis e necessitados”, disse o CEO do SII, Adar Poonawalla, à CNN americana.

    Leia também:
    Clínicas privadas brasileiras negociam compra de vacina da Índia
    Anvisa aprova importação de 2 milhões de doses de vacinas da Fiocruz

    Ao conceder licença de uso emergencial à vacina da AstraZeneca, fabricada na Índia pelo instituto, os reguladores indianos impuseram a condição de que o governo do país fosse o único comprador.

    “A única condição é que só possamos fornecer ao governo da Índia. Não podemos vender no mercado privado e não podemos exportar”, disse Poonawalla.

    No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é responsável por produzir a mesma vacina. 

    Compromisso com o Covax

    Poonawalla acrescentou que espera que a restrição à exportação da vacina seja amenizada em março ou abril.

    O SII está aumentando a produção de vacinas e Poonawalla disse que o fabricante pretende fornecer 50 milhões de doses até o final de janeiro.

    As restrições podem significar que outros países podem demorar mais tempo para receber imunizantes, especialmente nações de baixa renda.

    Destaques do CNN Brasil Business:
    Atraso na vacinação aumenta riscos para retomada econômica no Brasil
    Aviões presidenciais: conheça os modelos usados pelos principais governos

    Em setembro, o SII se comprometeu a fabricar e entregar 200 milhões de doses para o Covax – um consórcio de vacinas da OMS estabelecido para garantir acesso justo às vacinas contra a Covid-19 a diversos países.

    A exportação de vacinas para a iniciativa, voltada a “países de baixa e média renda”, não deve começar até que as restrições diminuam.

    As doses da vacina serão vendidas ao governo indiano por US$ 2,74 por injeção, US$ 13,70 para o mercado privado e US$ 3 a US$ 5 por dose para o mercado de exportação.

    A Índia relatou o segundo maior número de casos de coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

    A primeira fase de seu plano de vacinação cobre 300 milhões de pessoas – mais do que a população brasileira. O país asiático já conduziu um teste de vacinação nacional contra a Covid-19 no sábado, antes dos planos de vacinação em massa, informou a emissora estatal indiana Doordarshan.

    * Com informações de Vedika Sud, da CNN em Nova Déli