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    Los Angeles instrui ambulâncias a escolher pacientes por chance de sobrevivência

    Com UTIs lotadas por conta da Covid-19, agência de emergências de Los Angeles orienta que ambulâncias não transportem pacientes com poucas chances de sobreviver

    Por Alexandra Meeks, da CNN

    Com as unidades de terapia intensiva (UTIs) em hospitais do sul da Califórnia quase lotadas por conta da pandemia de Covid-19, a Agência de Serviços Médicos de Emergência (EMS, na sigla em inglês) do condado de Los Angeles (EMS) orientou as equipes das ambulâncias a não transportar pacientes com pouca chance de sobrevivência para hospitais e a conservar o uso de oxigênio.

    Los Angeles e o sul da Califórnia estão enfrentando um dos piores surtos do novo coronavírus nos Estados Unidos. A capacidade de leitos da UTI caiu para próximo de 0% no sul da Califórnia no mês passado, à medida que mais e mais pessoas são admitidas em hospitais para tratar complicações da Covid-19.

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    Paciente com Covid-19 é transportado para dentro de ambulância em Nova York
    Paciente com Covid-19 é transportado para dentro de ambulância
    Foto: Lucas Jackson/Reuters (24.abr.2020)

    Agora, muitos centros médicos simplesmente não têm espaço para receber pacientes que não têm chance de sobrevivência, de acordo com a agência.

    Na noite de segunda-feira, havia 7.544 pessoas hospitalizadas em Los Angeles devido ao Covid-19 e apenas 17 leitos de UTI para adultos disponíveis, de acordo com dados de saúde do condado. Devido à falta de leitos, a EMS disse que os pacientes cujos corações pararam, apesar dos esforços de ressuscitação, não deveriam mais ser transportados para hospitais.

    “Se não houver sinais de respiração ou pulso, a EMS continuará a realizar a ressuscitação por pelo menos 20 minutos”, diz memorando da entidade.

    “Se o paciente estiver estabilizado após o período de ressuscitação, ele será transportado para um hospital. Se o paciente for declarado morto no local ou se nenhum pulso puder ser restaurado, os paramédicos não irão mais transportar o corpo para o hospital”, acrescenta.

    Falta de oxigênio

    A falta de estoques de oxigênio em Los Angeles e no vizinho Vale de San Joaquin, por conta da crise da Covid-19, está colocando uma pressão imensa no sistema de saúde e forçando os paramédicos a conservar o suprimento.

    A fim de manter a circulação normal do sangue para os órgãos e tecidos necessários para o funcionamento do corpo, a EMS disse que uma saturação de oxigênio de pelo menos 90% será suficiente.

    O governador da Califórnia, Gavin Newsom, formou uma força-tarefa para tratar do assunto na semana passada. Ele está trabalhando com parceiros locais e estaduais para ajudar a reabastecer os tanques de oxigênio e enviá-los para hospitais e instalações mais necessitadas.