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    Policial que matou George Floyd foi acusado em 2013 de apontar arma para jovens

    Na época, Kristofer Bergh preencheu uma queixa contra o então policial; hoje, questiona o que teria acontecido se não fosse branco

    O ex-policial de Minneapolis Derek Chauvin, que pressionou o joelho contra o pescoço de George Floyd, sufocando-o até a morte durante uma abordagem, era alvo de 18 queixas. Uma delas foi preenchida por Kristofer Bergh em 2013. Ele é branco e tinha 17 anos quando conheceu o agente.

    Bergh disse que Chauvin apontou uma arma para ele quando estava brincando com os amigos ao voltar da escola para casa. O jovem contou que estava em um carro com os colegas quando um deles atirou pela janela com uma arma de brinquedo da marca Nerf.

    Quando o grupo chegou à casa de Bergh e desceu do carro, o policial confrontou os jovens e apontou uma arma de verdade para eles.

    “Eles [agentes] me disseram para voltar para o carro e levantar minhas mãos. Cumpri as ordens. Deixei minha mochila no chão, levantei as mãos e fui calmamente para a parte de trás do carro, tentando não fazer movimentos bruscos”, contou Bergh à CNN. “Eles então se aproximaram do carro. Com armas sacadas, eles perguntaram qual de nós havia atirado o dardo.”

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    Bergh afirmou que os policiais disseram que sabiam que se tratava de uma arma de brinquedo e não algo mais sério. “Mesmo assim, eles tomaram a decisão de apontar armas de verdade para nós”, contou.

    Mais tarde, a polícia disse à mãe do menino que ele e os amigos tentaram enganar os agentes, mas Bergh negou e disse que aquilo era um “absurdo” porque não havia indicação de que os policiais estavam seguindo o grupo. “Eles não ligaram as sirenes”, afirmou o jovem.

    “Acho que se não fôssemos brancos, eles teriam transformado a história. Após sair do carro, depois de supostamente enganá-los, eles teriam visto isso como uma ameaça”, disse Bergh. “E tudo poderia ter acontecido de outra forma, a qual muitas pessoas provavelmente diriam que era justificada.” 

    Bergh afirmou que ficou horrorizado ao saber que Chauvin estava envolvido na morte de George Floyd. “A única coisa que posso pensar é o que teria acontecido de diferente se eu e meus amigos não fôssemos todos brancos, quão longe Chauvin e seus parceiros teriam ido?”, questionou.

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