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    Araújo condena invasão de manifestantes ao Congresso dos EUA e pede investigação

    Segundo o ministro, há que se lamentar e condenar a invasão ao Capitólio, e investigar se houve participação de elementos infiltrados no episódio

    Daniel Fernandes, da CNN, em São Paulo



     

    O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, criticou, nesta quinta-feira (7), a invasão ao Congresso americano durante a cerimônia que oficializaria a vitória do democrata Joe Biden na disputa pela presidência dos Estados Unidos. 

    Segundo o ministro, há que se “lamentar e condenar” a invasão ao Capitólio, e “investigar se houve participação de elementos infiltrados” no episódio.

    “Há que deplorar e investigar a morte de quatro pessoas incluindo uma manifestante atingida por um tiro dentro do Congresso”, afirmou o ministro em uma publicação no seu perfil no Twitter.

    Apesar da crítica à invasão, o ministro defendeu os eleitores de Trump que duvidam do processo eleitoral. “Há que reconhecer que grande parte do povo americano se sente agredida e traída por sua classe política e desconfia do processo eleitoral”, afirmou Araújo.

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    “Há que distinguir ‘processo eleitoral’ e ‘democracia’. Duvidar da idoneidade de um processo eleitoral NÃO significa rejeitar a democracia. Ao contrário, uma democracia saudável requer, como condição essencial, a confiança da população na idoneidade do processo eleitoral”, complementou.

    Araújo afirmou ainda que é necessário parar de chamar de fascistas “cidadãos de bem quando se manifestam contra elementos do sistema político ou integrantes das instituições”. “Deslegitimar o povo na rua e nas redes só serve para manter estruturas de poder não democráticas e seus circuitos de interesse, disse o ministro.

    “Há que perguntar, a propósito, por que razão a crítica a autoridades do Executivo deve considerar-se algo normal, mas a crítica a integrantes do Legislativo ou do Judiciário é enquadrada como atentado contra a democracia”, finalizou.

    Mais autoridades repercutiram invasão

    Outras autoridades brasileiras se manifestaram sobre a invasão do Capitólio. Ontem (6), em sua conta no Twitter, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou a situação como um ato de desespero.

    “A invasão do Congresso norte-americano por extremistas representa um ato de desespero de uma corrente antidemocrática que perdeu as eleições. Fica cada vez mais claro que o único caminho é a democracia, com diálogo e respeitando a Constituição”, disse o deputado no Twitter.

    Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse em nota que “as imagens vistas de invasão ao Congresso Nacional americano, na tarde dessa quarta-feira, em uma tentativa clara de insurreição e de desprezo ao resultado das eleições por parte de um grupo, são inaceitáveis em qualquer democracia e merecem o repúdio e a desaprovação de todos os líderes com espírito público e responsabilidade.”

    O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, também se manifestou sobre o ocorrido no Twitter. 

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    “No triste episódio nos EUA, apoiadores do fascismo mostraram sua verdadeira face: antidemocrática e truculenta. Pessoas de bem, independentemente de ideologia, não apoiam a barbárie. Espero que a sociedade e as instituições americanas reajam com vigor a essa ameaça à democracia”, escreveu.

    (Com informações de Will Marinho, da CNN)

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