Navio-hospital e base de saúde no Central Park reforçam combate à COVID-19 em NY
Ambos vão garantir mais dois mil leitos para os pacientes com Covid-19, na cidade com maior número de casos em todos os Estados Unidos.
A chegada de um navio-hospital e a construção de uma unidade de saúde de emergência em pleno Central Park. Estas duas imagens marcam a semana mais intensa do combate ao coronavírus, em Nova York, desde 12 de março, quando a Organização Mundial de Saúde decretou a pandemia da doença.
Tanto a embarcação, quanto o hospital de campanha, foram cedidos pelas Forças Armadas.
Aliás, Nova York já inaugurou quatro hospitais temporários – também montados pelo Exército – com 250 camas cada um. O governo do estado já disponibilizou três espaços, na região metropolitana, para a construção de mais leitos de emergência.
Todo o esforço é para desafogar os hospitais de Nova York. O prefeito Bill de Blasio diz que os suprimentos médicos disponíveis na cidade duram até o final da semana. Passa de 30 mil o número de casos confirmados no estado. A cifra representa algo em torno de 23% dos pacientes com coronavírus em todo país.
O governador Andrew Cuomo faz pronunciamentos diários na TV insistindo para que as pessoas continuem em casa. Embora a velocidade da contaminação tenha caído, as autoridades mantêm a estimativa de 140 mil infectados pelo vírus até a segunda quinzena de abril, quando as projeções indicam o pico da doença em Nova York. Se as previsões se concretizarem, o estado vai precisar de 30 mil respiradores a mais. E esse é o equipamento que mais falta nos hospitais do país.
A situação pode ficar ainda pior se os profissionais de saúde e de segurança continuarem adoecendo. Médicos, enfermeiros, auxiliares, bombeiros e policiais estão reutilizando máscaras e luvas. Desde a semana passada, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos aliviou as rígidas medidas de segurança hospitalar, para que os produtos durassem mais. Por outro lado, os profissionais ficam mais expostos.
Nas grandes cidades do estado de Nova York, o clima de quarentena tem provocado outros tipos de sintomas. O número de chamadas de emergência subiu para seis mil por dia, no estado. São pedidos de socorro ao corpo de bombeiros de pessoas com ataques cardíacos, derrames e crises de ansiedade provocadas pela necessidade de isolamento.