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    Thiago Brennand se torna réu por calúnia em ação movida por ex-promotora de Justiça

    Empresário é acusado de publicar conteúdos difamatórios contra Gabriela Manssur nas redes sociais

    Vinícius Bernardesda CNN

    O empresário Thiago Brennand virou réu em uma ação movida pela ex-promotora do Ministério Público de São Paulo Gabriela Manssur, que o acusa de calúnia por publicar vídeos difamatórios contra ela nas redes sociais.

    O processo correu na 2ª Vara de Porto Feliz.

    Manssur, criadora do projeto Justiceiras, que auxilia mulheres vítimas de violência, recebeu denúncias contra Brennand e relata que os ataques começaram a partir do momento que passou a auxiliar nos casos.

    “Ele passou a me atacar quando recebi algumas vítimas que queriam denunciá-lo. Eu ainda era promotora. Depois, os ataques continuaram quando ocorreu a primeira denúncia contra ele. Na época, eu já havia me exonerado e passei a representar as vítimas como advogada”, relatou.

    VÍDEO – Thiago Brennand é condenado a 10 anos de prisão pelo crime de estupro

    Em gravações feitas em outubro de 2022, divulgadas por Brennand no YouTube e no Facebook, o empresário, que estava foragido, tentava se defender das acusações de agressão e crimes sexuais.

    Em um dos vídeos, Brennand afirmava ser “perseguido” por jornalistas e por um suposto conluio envolvendo Manssur, a quem ele chegou a se referir como “uma maloqueira de Louboutin”, a Rede Globo e o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo.

    Brennand também se referiu à advogada como uma “professora de abuso de poder” e comentou sobre sua candidatura ao cargo de deputada federal. “Nunca usei o erário para me candidatar, nunca participei de conluio nenhum.”

    Manssur também relatou que Brennand a ofendeu por sua aparência, mencionando que ela “parecia um travesti”.

    Em entrevista à CNN, o advogado Roberto Podval, responsável pela defesa de Thiago Brennand, confirmou que essa é uma ação por calúnia, injúria e difamação, mas alegou que Manssur estaria tentando se promover com o caso.

    “O que eu posso dizer é que algumas pessoas aproveitam a situação para se promover. Para mim, é nitidamente o que aconteceu e o que vem acontecendo desde quando ela saiu do Ministério Público para se candidatar a deputada. Ela já usava o nome de Brennand nessa bandeira. Tenho muita convicção de que essa ação é absolutamente equivocada e exagerada, e que não deve levar a nada”, concluiu Podval.

    Condenação por estupro

    Em 11 de outubro, Brennand foi condenado a 10 anos e 6 meses de prisão por estuprar uma norte-americana residente no Brasil.

    Este foi o terceiro processo em que o empresário era réu na Justiça de São Paulo a chegar ao fim, sendo esta a primeira decisão que o condena à prisão.

    A decisão do Fórum de Porto Feliz, proferida pelo juiz Israel Salu, também determina que Brennand deve indenizar a vítima em R$ 50 mil por danos morais.

    Brennand foi preso em 17 de abril em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, após ter sua extradição para o Brasil autorizada, depois de permanecer foragido por 6 meses. Ele desembarcou no Aeroporto de Guarulhos em 29 de abril.

    Atualmente, Thiago Brennand permanece detido no Centro de Detenção Provisória I de Pinheiros.

    *Com informações de Maria Clara Alcântara

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