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    Justiça dos EUA apreende quase 70 felinos da série ‘A Máfia dos Tigres’

    Leões, tigres, híbridos de leão e tigre e até um jaguar foram apreendidos em um parque de animais de Oklahoma, que pertence a Jeff Lowe e sua esposa, Lauren

    Hollie Silverman, CNN

    Quase 70 grandes felinos foram apreendidos em um parque de animais de Oklahoma, nos Estados Unidos, que pertence a Jeff Lowe e sua esposa, Lauren. Eles participaram da série documental da Netflix, “Tiger King: Murder, Mayhem and Madness”. No Brasil, a série foi lançada como “A Máfia dos Tigres”.

    Um total de 68 leões, tigres, híbridos de leão-tigre e um jaguar foram apreendidos no zoológico Thackerville como parte de um mandado de busca e apreensão por violações contínuas da Lei das Espécies Ameaçadas, de acordo com um comunicado.

    O comunicado diz que a apreensão dos animais ocorre depois que o Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura (USDA, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, conduziu três inspeções no Tiger King Park a partir de meados de dezembro de 2020.

    Na inspeção, Lowe é citado várias vezes, e o documento aponta ainda “falha em fornecer aos animais cuidados veterinários adequados ou oportunos, nutrição apropriada e abrigo que os protege das intempéries e é de tamanho suficiente para permitir que eles tenham um comportamento normal”.

    Uma declaração juramentada sobre o caso dizia que “os veterinários do USDA observaram que as condições em Tiger King Park haviam declinado desde a inspeção de fevereiro de 2021”. “Há uma causa provável para acreditar que os animais não estão recebendo consistentemente uma quantidade suficiente de alimento livre de contaminação”, disse a declaração, acrescentando que havia pilhas de animais podres e um caminhão refrigerado “coberto de moscas.”

    A declaração também afirma que, como as autoridades federais têm trabalhado com os Lowe, o casal concordou que “não se desfaria de quaisquer animais cobertos pela Lei de Espécies Ameaçadas (ESA) ou Lei de Bem-Estar Animal (AWA) enquanto aguarda a resolução” do caso.

    No entanto, o casal moveru quatro filhotes de tigre um dia após o acordo ter sido feito, de acordo com o depoimento. A declaração afirmava que os Lowe também ameaçaram e assediaram os policiais durante a investigação, com Lauren Lowe dizendo a um agente que o mataria durante a execução de um mandado de busca.

    De acordo com as investigações, o casal “obstruiu significativamente o serviço do mandado” quando os federais inicialmente tentaram executá-lo, permitindo que apenas seis felinos fossem removidos em 12 de maio, o dia em que a declaração solicitando outro mandado foi redigida.

    “Esta apreensão deve enviar uma mensagem clara de que o Departamento de Justiça leva a sério os supostos danos a animais criados em cativeiro protegidos pela Lei de Espécies Ameaçadas”, disse o procurador-geral assistente em exercício, Jean E. Williams, da Divisão de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Departamento de Justiça dos EUA.

    A CNN entrou em contato com a defesa do casal para comentar, mas ainda não recebeu uma resposta.

    De acordo com um relatório da semana passada, os Lowe disseram que estavam dispostos a desistir de seus felinos para resolver a queixa civil do Departamento de Justiça contra eles sobre o cuidado dos animais, disse seu advogado a um juiz federal.

    Durante uma audiência em que o casal foi condenado por desacato por violar uma ordem anterior relativa aos felinos, o advogado Daniel Card disse que os Lowe “querem sair completamente”, de acordo com o relatório.

    Jeff Lowe alcançou a fama depois que a série documental da Netflix mostrou sua compra do zoológico e subsequente desavença com seu proprietário anterior, Joseph Maldonado-Passage, conhecido como Joe Exotic. Maldonado-Passage foi condenado a 22 anos de prisão por uma conspiração de assassinato de aluguel para matar a ativista dos direitos dos animais Carole Baskin, além de outras várias violações relacionadas aos animais e à vida selvagem.

    (Esse texto é uma tradução. Para ler o original, em inglês, clique aqui)

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