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    Por pandemia, Brasil cai doze posições em ranking global de felicidade

    Segundo os pesquisadores, a Covid-19 afetou os índices de felicidade do mundo todo, mas os países que menos se abalaram tiveram uma 'liderança eficaz'

    Lojas fechadas no centro do Rio de Janeiro por causa da pandemia
    Lojas fechadas no centro do Rio de Janeiro por causa da pandemia Foto: REUTERS/Ricardo Moraes

    Rafaela Lara, da CNN, em São Paulo

    A pandemia provocada pelo novo coronavírus fez o Brasil cair doze posições no ranking de felicidade global do estudo World Happiness Report (WHR) de 2021. Considerando apenas o ano de 2020, o Brasil ficou em 41º lugar num ranking formado por 95 países. 

    No ranking de 2019 do WHR, que usou a média dos três anos anteriores, o país ocupava a 29ª posição. De acordo com essa comparação, o Brasil se tornou relativamente mais infeliz se comparado com os países vizinhos.

    No estudo, o Chile desceu da 34º posição para 38º, a Argentina da 45º para 47º e o Uruguai da de 25º para 30º posição. 

    O estudo deste ano é coordenado pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, pelo Centro de Pesquisa de Bem-Estar da Universidade Oxford, no Reino Unido, e pelo Programa de Bem-Estar da London School of Economics and Political Science.

    Nesta edição, os dados coletados foram especificamente de 2020 para se poder medir o impacto da pandemia na vida das pessoas ao redor do mundo. 

    Para isso, os pesquisadores decidiram adotar dois focos: acompanhar o efeito da Covid-19 na qualidade de vida das pessoas e avaliar como governos lidaram com a crise sanitária. 

    A infelicidade causada pela pandemia fez o Brasil recuar no índice do WHR quando se considera o resultado médio de 2018 a 2020, conforme a metodologia adotada pelos autores do estudo.

    Nessa comparação, o Brasil caiu seis pontos, para o 35º lugar. A Finlândia continua ocupando o primeiro lugar no ranking, independentemente da metodologia adotada. 

    No capítulo “Felicidade, confiança e mortes na pandemia da Covid-19”, os pesquisadores usaram como exemplo o Brasil para abordar o quanto a condução da pandemia pode afetar os índices analisados. 

    Segundo eles, países que melhor se saíram no combate à pandemia proporcionaram para a sua população “pronto acesso a bons exemplos, liderança eficaz e capaz de agir de forma rápida e adequada”. 

    Um dos piores efeitos da pandemia nas medidas gerais de felicidade analisadas pelo estudo foram os 2 milhões de mortes por Covid-19 em 2020, um aumento de quase 4% no número anual de mortes em todo o mundo que representa uma grave perda de bem-estar social, apontam os pesquisadores.

    Casos de coronavírus apresentam tendência de alta em regiões dos EUA
    Casos de coronavírus apresentam tendência de alta em 22 dos 50 estados americanos
    Foto: Michael Ciaglo/Getty Images

    O estudo também aborda a questão da economia e da saúde na pandemia citando como exemplo o Brasil e os Estados Unidos com Donald Trump na presidência.

    Os pesquisadores apontam que essa “falsa disputa” pode ter sido a responsável pelo aumento excessivo de mortes. No mesmo grupo também estão a Suécia e o Reino Unido.