EUA: Passeio Nacional será fechado no dia da posse de Biden por segurança
Tradicionalmente, área entre Memorial Lincoln e Capitólio dos EUA fica lotado de espectadores durante posses presidenciais
O Passeio Nacional (National Mall, em inglês) será fechado para o público geral no dia da posse de Joe Biden por questões de segurança, disse um funcionário familiarizado com a discussão.
O Passeio Nacional é um parque que fica entre o Memorial Lincoln e o Capitólio dos Estados Unidos.
Essa pessoa disse que não haverá telões, banheiros públicos, painéis onde as pessoas podem ficar e que o público não conseguirá chegar até a área, onde, tradicionalmente, milhares de pessoas se juntam para assistir o novo presidente ser empossado.
Os conselheiros do presidente eleito, que estão ajudando a planejar o acontecimento, dizem que a intenção é que seja um evento virtual. Eles não fizeram objeção às restrições maiores de segurança recomendadas pelas autoridades em relação ao Passeio Nacional ou à área ao redor da Casa Branca.
Há discussões em curso entre o Distrito de Columbia, o Serviço dos Parques Nacionais e o Departamento do Interior dos EUA sobre quando a área será fechada. O acesso será restrito em 20 de janeiro, mas a hora específica ainda é assunto de debate.
O Serviço dos Parques Nacionais disse em nota que um anúncio seria feito pelo órgão ou pelo Serviço Secreto dos Estados Unidos quando tomarem a decisão final.
As restrições no Passeio Nacional foram anunciadas primeiro pelo jornal The Washington Post.
As autoridades estão se preparando para mais atos extremistas nos próximos dias, depois que apoiadores do presidente Donald Trump invadiram o Capitólio na semana passada em uma revolta que deixou cinco mortos.
Um funcionário sênior do comitê inaugural de Biden disse que o comitê está “confiante nos nossos parceiros de segurança quie passaram meses planejando e se preparando para a posse, incluindo os eventos no Passeio Nacional”.
“Continuamos a trabalhar com eles para garantir a mais absoluta segurança do presidente eleito, da vice-presidente eleita, participantes e o público durante esse evento histórico”, disse.
As agências de polícia federal emitiram um pedido urgente de assistência para proteger a capital do país com a aproximação do dia da posse, como reportado pela CNN, e alertaram que extremistas domésticos podem, provavelmente, estar mais confiantes para conduzir ataques à posse de Biden e ao longo de 2021 após verem o sucesso da invasão do Capitólio na semana passada.
Mais de 20 mil soldados da Guarda Nacional podem estar em Washington para ajudar na segurança da posse, disse o chefe de polícia Robert Contee na quarta-feira (13), e fontes disseram à CNN que as agências estão considerando aumentar o nível de ameaça de terrorismo.
É esperado que o presidente eleito e a vice-presidente eleita Kamala Harris façam os juramentos de posse na Face Oeste do Capitólio em um evento significativamente reduzido. Biden disse nesta semana que ele “não tinha medo de fazer o juramento do lado de fora” e que a equipe dele estava recebendo orientações frente a possibilidade de violência.
Na quarta, Biden recebeu um briefing de funcionários sênior do FBI, do Serviço Secreto e de membros-chave da equipe de segurança nacional dele sobre o potencial de mais violência nos próximos dias, de acordo com a equipe de transição do presidente eleito.
Biden estava planejando ir de trem à Washington na próxima semana para fazer o juramento —como fez por anos enquanto era senador— mas esses planos foram descartados com a segurança drasticamente aumentada para a posse, disseram à CNN dois funcionários familiarizados com o planejamento.
O Serviço Secreto dos EUA oficialmente assumiu o controle da segurança para a posse de Biden nesta quarta e está trabalhando em coordenação com as agências de polícia federais e o Pentágono.
Trump, que incitou a invasão ao Capitólio e continuou a fazer afirmações falsas sobe a eleição, disse que não comparecerá à posse. O vice-presidente Mike Pence estará lá, confirmou uma fonte familiarizada com o assunto.
(Com informações de Sarah Mucha, Gregory Wallace, Josh Campbell e Whitney Wild, da CNN Internacional. Texto traduzido, leia o original em inglês)