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    Republicanos indicam linha dura Jim Jordan para presidente da Câmara nos EUA

    Sucessivas votações a portas fechadas deixaram Jordan com o apoio da maioria dos republicanos

    Moira WarburtonDavid MorganKatharine Jacksonda Reuters , Washington (EUA)

    Os republicanos da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos indicaram nesta sexta-feira o linha dura Jim Jordan para presidente da Casa, preparando uma votação que vai testar se ele conseguirá superar as divisões partidárias que levaram Steve Scalise a abandonar sua candidatura.

    Jordan venceu uma votação à porta fechada contra Austin Scott, um parlamentar da Geórgia que tem mantido um perfil relativamente discreto nos seus 12 anos no Congresso. O placar foi de 124-81, de acordo com um assessor republicano que falou sob condição de anonimato.

    Sucessivas votações a portas fechadas deixaram Jordan com o apoio da maioria dos republicanos da Câmara, mas ainda aquém dos 217 votos necessário para conquistar o cargo.

    Os republicanos disseram que voltarão para casa no fim de semana, fazendo com que a Câmara continue sem líder até pelo menos segunda-feira.

    As lutas internas republicanas têm paralisado a Câmara por 10 dias conforme os parlamentares chegaram a um impasse sobre o sucessor de Kevin McCarthy, que foi forçado a sair por um pequeno grupo de insurgentes republicanos em 3 de outubro.

    Alguns republicanos disseram que os seus problemas eram maiores do que uma simples falta de liderança.

    “Há falta de confiança, falta de transparência”, disse a deputada Kat Cammack. “É isso que precisamos resolver antes de termos um presidente.”

    Jordam procurou mostrar otimismo.

    “Acho que posso trazer a união, explicar ao país o que estamos fazendo e por que isso é importante”, disse Jordan, que durante anos incomodou os líderes republicanos como um porta-voz da ala direita do partido.

    Mas Jordan, que preside o Comitê Judiciário da Câmara, enfrentava o ceticismo dos que estavam irritados com o fato dos seus apoiadores não terem conseguido se unir em torno de Scalise.

    “Acho que Steve fez um acordo injusto”, disse o deputado Vern Buchanan. Scott disse que ele estava tentando acabar com o caos.

    “Se nós, como republicanos, quisermos ser a maioria, temos que fazer as coisas certas do jeito certo. E não estamos fazendo isso agora”, disse ele.

    Um candidato bem-sucedido precisará obter 217 votos da dividida maioria republicana para conquistar o cargo, o que Scalise não conseguiu, apesar de ter ocupado o segundo cargo de liderança por anos — os republicanos têm 221 cadeiras contra 212 do democratas.

    Sem um presidente, a Câmara está num impasse à medida que a guerra se expande no Oriente Médio, a Rússia continua atacando a Ucrânia e o governo norte-americano enfrenta um prazo limite no dia 17 de Novembro para evitar uma paralisação parcial se não houver um financiamento adicional do Congresso.

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