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    Novo livro do jornalista Bob Woodward sobre Trump promete ser mais explosivo

    ‘Rage’ trará muitos detalhes sobre o comportamento do presidente dos EUA e sua tomada de decisões, de acordo com fontes com conhecimento sobre a obra

    Primeiro, era medo. Agora, é fúria.

    Após o lançamento do best-seller Medo – Trump na Casa Branca, de 2018, o novo livro da lenda do jornalismo investigativo Bob Woodward sobre o presidente dos EUA, Donald Trump – intitulado Rage (Fúria, em tradução livre) –, trará muitos detalhes sobre o comportamento do magnata e sua tomada de decisões, de acordo com fontes com conhecimento sobre a obra.

    Woodward, que ganhou duas vezes o Pulitzer (maior prêmio do jornalismo), é conhecido por seus relatos de bastidores, mas seu segundo livro sobre Trump promete levar os leitores para dentro do Salão Oval como nunca antes.

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    Segundo diversas fontes, a obra traz relatos explosivos sobre os pensamentos de Trump e suas ações com relação à segurança nacional dos Estados Unidos, à pandemia do novo coronavírus, ao colapso econômico no país e aos protestos promovidos pelo movimento Black Lives Matter. Rage tem lançamento programado para 15 de setembro.

    ‘Todos os eleitores dos EUA deveriam lê-lo antes de 3 de novembro’

    Jonathan Karp, CEO da editora Simon & Schuster, também publicou outros livros sobre o presidente norte-americano lançados em 2020, um do ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton e outro da sobrinha de Trump, Mary Trump

    Karp disse à CNN que “Rage é a obra mais importante que a Simon & Schuster vai publicar neste ano. Todos os eleitores dos EUA deveriam lê-lo antes de 3 de novembro”, quando serão realizadas as eleições presidenciais do país.

    Em janeiro, Trump revelou que se reuniu com Woodward para falar sobre o livro, o que foi uma surpresa para o autor, já que o presidente havia criticado Medo duramente. O jornalista ofereceu várias vezes ao mandatário a oportunidade de ser entrevistado para aquela obra, mas Trump fingiu que nunca recebeu as solicitações.

    Cartas trocadas entre Trump e Kim Jong-un

    De acordo com diversas fontes com conhecimento sobre Rage, Woodward conduziu mais de dez entrevistas com Trump na Casa Branca, em Mar-a-Lago (resort de Trump na Flórida) e por telefone.

    Woodward é conhecido por gravar todas as entrevistas que faz, com a permissão das fontes. A CNN descobriu que ele tem centenas de horas de gravações de entrevistas com outras testemunhas de alto nível, e segundo a editora, ele obteve “comunicados, e-mails, agendas, calendários e documentos confidenciais”, incluindo cartas pessoais que Trump trocou com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

    Em 2019, funcionários da Casa Branca foram citados pelo jornal The Washington Post chamando essas correspondências de “cartas de amor”. E fontes próximas ao livro do Woodward afirmam que elas são “extraordinárias”. De acordo com a Simon & Schuster, em uma das cartas, “Kim descreve o laço entre os dois líderes como se tirado de um ‘filme de fantasia’”.

    Opiniões sobre ex-presidentes e chances de ser reeleito

    Em um comunicado, a editora disse que o livro será um olhar “vivo” sobre “as turbulências, contradições e riscos” da presidência de Trump.

    A CNN também soube que Rage vai revelar as opiniões contundentes de Trump sobre ex-presidentes e se ele acredita que vai conseguir ser reeleito em novembro.

    O título do livro surgiu de uma fala durante uma entrevista que Trump deu a Woodward e ao repórter Robert Costa, do Washington Post, em março de 2016.

    “Eu coloco a fúria para fora”, disse Trump. “Eu realmente coloco a fúria para fora. Sempre fiz isso. Não sei se isso é uma qualidade ou uma fraqueza, mas seja o que for, eu faço.”

    Essa mesma entrevista inspirou o título para o livro de Woodward de 2018, quando Trump afirmou que “o verdadeiro poder é – eu nem queria usar essa palavra – medo”.

    O primeiro livro de Woodward sobre o presidente dos EUA ganhou as manchetes dos jornais do país por detalhar as decisões tomadas pelas pessoas próximas a Trump, para evitar que ele agisse de acordo com o que vêm como impulsos perigosos.

    (Texto traduzido, clique aqui e leia o original em inglês.)

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