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    Manifestantes pró-Palestina protestam pelo mundo em meio a guerra entre Israel e Hamas

    Hamas convocou na quinta-feira (12) "Dia da Raiva" para mobilizar manifestações na Cisjordânia contra Israel

    João Nakamurada CNN* , São Paulo

    Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas no Oriente Médio e no mundo em manifestações pró-Palestina nesta sexta-feira (13).

    Os manifestantes se reuniram em protesto contra os ataques de Israel à Faixa de Gaza, e pedem o fim das agressões e a libertação da Palestina.

    Além do Oriente Médio, os movimentos em solidariedade ao povo palestino foram registrados do Leste Asiático – como no Japão e Indonésia – até a Europa – como em Portugal.

    Na quinta-feira (12), o Hamas convocou os palestinos residentes na Cisjordânia para protestos em um “Dia da Raiva”. O grupo convocou as pessoas para protestarem na região de Jerusalém Oriental e na mesquita de al-Aqsa. O Fatah, partido que representa a Autoridade Palestina, expressou apoio à mobilização.

    Na manhã desta sexta-feira, explosões e fumaça foram avistadas na região da Cidade Velha de Jerusalém. Já na Cisjordânia, o protesto acabou com três mortos após confronto entre palestinos e as tropas israelenses.

    Desde o início do conflito após o ataque surpresa do Hamas no sábado (7), mais de 30 pessoas foram mortas em confrontos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

    Protestos pelo mundo

    Grande parte dos países do Oriente Médio registraram manifestações em prol de Gaza.

    Na capital do Iraque, Bagdá, dezenas de milhares de manifestantes se reuniram na Praça Tahrir, agitando bandeiras palestinas e queimando bandeiras israelenses enquanto gritavam jargões anti-EUA e anti-Israel.

    “Estamos prontos para nos juntarmos à luta e livrarmos os palestinos das atrocidades israelenses”, disse o professor iraquiano, Muntadhar Kareem.

    Um dos principais apoiadores do Hamas e maiores inimigos de Israel, o governo do Irã foi responsável por organizar as manifestações no país. Os protestos iranianos foram tomados por gritos de “Morte a Israel” e “Morte ao Sionismo” e bandeiras palestinas e do grupo armado libanês Hezbollah – o qual um dos principais financiadores é o Irã.

    No mundo árabe, as ruas do Egito também foram tomadas por manifestantes pró-Palestina.

    Tensão na fronteira

    Na fronteira israelense, as manifestações foram vistas com uma tensão a mais pela proximidade com Israel.

    No Líbano, o vice-chefe do Hezbollah, Naim Qassem, discursou durante um comício onde centenas de pessoas se reuniram em solidariedade com os palestinos.

    Qassem disse que o grupo estava “totalmente pronto” para contribuir para os combates.

    “Contribuiremos para o confronto dentro do nosso plano. Quando chegar a hora de qualquer ação, nós vamos agir”, afirmou o vice-chefe do Hezbollah. O grupo já entrou em confronto com Israel na fronteira libanesa ao longo da semana.

    Já na Jordânia, a manifestação acabou em confronto com a própria polícia do país.

    O chamado do Hamas para o “Dia da Raiva” suscitou tensão na Jordânia, onde grande parte da população é de origem palestina.

    O centro de Amã, capital do país, foi tomado por manifestantes que gritavam em apoio ao Hamas. A população também exigia que o governo fechasse a embaixada israelense e anulasse o tratado de paz de 1994 com Israel.

    Em outras regiões, milhares de pessoas carregavam bandeiras do Hamas e apelavam para que o grupo intensificasse os ataques.

    Centenas de manifestantes marcharam em direção à fronteira com a Cisjordânia para protestar em uma região ocupada por Israel.

    Temendo o alargamento da tensão na região e, portanto, a expansão do conflito, o Ministério do Interior da Jordânia havia proibido manifestações na região.

    Segundo testemunhas, a polícia utilizou bombas de gás lacrimogêneo para deter cerca de 500 manifestantes que tentavam deixar Amã para seguir em direção à fronteira.

    Leste asiático

    Em países de maioria muçulmana do Leste Asiático, como Indonésia e Bangladesh, as manifestações pró-Palestina também foram observadas.

    Na cidade javanesa de Solo, o clérigo islâmico Abu Bakar Bashir juntou-se a dezenas de pessoas numa marcha contra Israel. “Não podemos ser fracos ao enfrentar Israel”, disse Bashir aos manifestantes que carregavam bandeiras da Palestina.

    Na principal mesquita da capital de Bangladesh, Dhaka, foram realizados protestos contra Israel logo após as orações de sexta-feira.

    A região da Caxemira, o Paquistão e o Afeganistão também registraram manifestações.

    Em países como Japão, Sri Lanka e Índia, – onde a população muçulmana não é maioria – as comunidades islâmicas locais organizaram protestos contra Israel.

    Ocidente

    Comícios pró-Palestina também foram planejados em diversas cidades europeias para mais tarde nesta sexta-feira.

    Na Holanda e no Reino Unido, escolas judaicas foram fechadas por razões de segurança. Os Estados Unidos e a Alemanha também reforçaram medidas de segurança para proteger a comunidade de judeus.

    Na França, o governo proibiu a realização de mobilizações pró-Palestina, alegando que supostamente elas levariam à desordem pública.

    Em Portugal, a segurança também foi reforçada após as manifestações no Porto acabarem com a sinagoga local sendo vandalizada com pichações que diziam “Libertem a Palestina” e “Acabem com o Apartheid de Israel”.

    *Com informações de Michel Gawendo e de Reuters; sob supervisão de Marcelo Tuvuca Freire

    Veja também: Imagens do impacto da guerra em Israel

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