Agência de ajuda da ONU transfere operações e funcionários para o sul da Faixa de Gaza
Ação acontece após Israel ordenar que população ao norte da cidade seja evacuada
A Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA) transferiu seu centro de operações e funcionários internacionais em Gaza para o sul do enclave, de acordo com um comunicado divulgado nesta sexta-feira (13).
Ainda assim, a UNWRA continuará as operações humanitárias e prestará apoio ao seu pessoal e aos refugiados palestinos, segundo a nota.
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“Pedimos às autoridades israelenses que protejam todos os civis nos abrigos da UNRWA, incluindo escolas”, destacou o comunicado publicado no X, antigo Twitter.
“Estas escolas e todos os outros abrigos da ONU são instalações da ONU. Devem ser protegidos em todos os momentos e nunca devem ser atacados, de acordo com o direito humanitário internacional”, complementou.
Mais de dois terços das 423 mil pessoas deslocadas em Gaza estão abrigadas em escolas geridas pela UNWRA, conforme o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
Israel ordena que 1,1 milhão de pessoas se desloquem
O fato aumenta o receio dos palestinos de que uma ofensiva terrestre israelense contra a área esteja próxima, enquanto tanques de Israel são posicionados perto da fronteira e ataques aéreos contra o enclave são intensificados.
“As Forças de Defesa de Israel pedem a evacuação de todos os civis da cidade de Gaza de suas casas ao sul para sua própria segurança e proteção e mudança para a área ao sul de Wadi Gaza”, disseram as FDI em um comunicado.
Na declaração, os militares destacaram que os civis poderão regressar ao norte da cidade de Gaza “apenas quando for feito outro anúncio permitindo”.
“Os terroristas do Hamas estão escondidos na Cidade de Gaza dentro de túneis debaixo de casas e dentro de edifícios habitados por civis inocentes de Gaza”, ponderaram as FDI, alegando que os integrantes do Hamas “estão usando” civis como “escudos humanos”.
“Não se aproxime da área da cerca de segurança com o Estado de Israel”, adicionaram os militares israelenses, acrescentando que continuarão “operando significativamente na Cidade de Gaza e fazendo grandes esforços para evitar ferir civis”.
A ofensiva surpresa do Hamas matou ao menos 1.300 pessoas até o momento e é o pior ataque contra civis na história de Israel.
Israel respondeu colocando Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas, sob cerco, dizendo que “não haverá eletricidade, água ou combustível” até que o Hamas devolva os reféns.
O país também está realizando bombardeios, que destruíram bairros inteiros. As autoridades de Gaza afirmam que mais de 1.500 palestinos foram mortos.
