Dia sagrado para judeus causa temor de novos ataques, diz brasileiro que vive em Israel
À CNN Rádio, Ilan Ejzykowicz contou que esta sexta-feira (13), que inicia o Shabat, começou “relativamente tranquila”
A religião judaica dedica o sétimo dia da semana ao descanso e a orações, no chamado shabat, que tem início no entardecer de sexta-feira até a noite de sábado.
À CNN Rádio, o brasileiro Ilan Ejzykowicz, que vive em Holon, em Israel, há seis anos, destacou que este dia sagrado causa temor neste momento: “Ficamos tensos se vão nos atacar.”
As famílias costumam não utilizar tecnologias durante o Shabat e mais ortodoxos deixam até de dirigir.
“Pensamos como que as famílias vão levar essa dinâmica, já que ficamos tensos tendo que correr para bunkers a todo momento”, disse.
Segundo Ilan, até o momento, a sexta-feira está “relativamente tranquila”, com poucos ataques das forças do grupo radical islâmico Hamas.
O brasileiro afirmou que as pessoas próximas a ele “se compadecem” com a situação dos civis na Faixa de Gaza.
“Israel de maneira coerente sempre que foi atacado atacou de volta, levando civis israelenses sequestrados para dentro de Gaza era óbvio o que aconteceria”, defendeu.
Ele opinou que o “Hamas sabia que colocaria civis em perigo” e “é triste ver que o grupo se preocupa tão pouco com seus civis.”
Ilan contou que tem “sentimentos conflitantes” sobre a possibilidade de voltar ao Brasil.
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Ele se inscreveu em um dos voos de repatriação, mas disse que “não necessariamente vai pegá-lo.”
Ao mesmo tempo que tem uma vida em Israel, o brasileiro disse que a memória do Holocausto na Europa permanece viva: “Existe o sentimento de que os judeus poderiam ter fugido antes, assim como a minha família, que teve diversas pessoas executadas em campos de concentração.”
Dessa forma, ele diz ponderar “se não estamos saindo [do país] na hora certa”.
*Com produção de Isabel Campos