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    Dólar sobe 2% e volta a ficar acima de R$ 5; na semana, alta é de 1,2%

    Fechado na quinta-feira (11) por conta de feriado, o mercado brasileiro viveu dia de correção nesta sexta (12)

    O dólar disparou contra o real e voltou a cruzar a linha dos R$ 5 nesta sexta-feira (12), depois de uma quinta-feira turbulenta nos mercados internacionais. O dólar comercial fechou em alta de 2,14%, cotado a R$ 5,045 na venda, depois de ter passado a semana inteira abaixo da marca dos R$ 5. Na semana, a alta acumulada é de 1,16%, após três semanas consecutivas de queda.

    Na quinta-feira (11), as bolsas americanas despencaram e moedas de países emergentes tiveram fortes perdas em meio a uma nova onda de temor de que as infecções pelo novo coronavírus voltem a fugir do controle e atrasem as tentativas de reabertura gradual das economias. No Brasil, não houve operações por conta do feriado Corpus Christi.

    Nesta sexta, o clima entre investidores voltou a ficar apreensivo, principalmente após o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, reiterar um prospecto nebuloso para a economia dos EUA no pós-pandemia.

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    Em seu Relatório de Política Monetária semestral, apresentado ao Congresso americano nesta sexta-feira, o Fed afirmou que as finanças das famílias norte-americanas e os balanços das empresas devem enfrentar “fragilidades persistentes”, como resultado do choque da atividade econômica em decorrência da pandemia do coronavírus. O texto também reforçou expectativas de um declínio acentuado da atividade econômica no atual trimestre.

    Na terça-feira, o Fed já havia decidido por manter as taxas de juros de referência do país na banda de 0% a 0,25% ao ano e reforçou a necessidade de manter as políticas de estímulos ao mercado, como o programa extraordinário de compras de títulos que vem promovendo desde o início da crise. As autoridades do banco central dos Estados Unidos projetaram um declínio de 6,5% no Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e uma taxa de desemprego de 9,3% até o final de 2020.

    “Ontem, os mercados globais tiveram fortes quedas diante da sinalização mais cautelosa do Fed e de informações de que a doença (Covid-19) voltou a ganhar força em regiões dos EUA que começaram a reverter as medidas de distanciamento social”, escreveram analistas do Bradesco em nota.

    Jefferson Rugik, da Correparti Corretora, citou em nota “movimento de compensação”, com os participantes do mercado partindo para um movimento de recomposição de posições defensivas, acrescentando que a “única certeza que fica é de que a ‘rainha volatilidade’ deve voltar a exibir forte presença no nosso mercado de câmbio”.

    *Com Reuters

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