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    Guerra de Israel: X, antigo Twitter, diz ter derrubado “centenas” de contas ligadas ao Hamas

    Plataforma foi notificada pela União Europeia para reportar conteúdos ilegais e desinformação

    Hanna Ziadyda CNN

    A rede social X diz que derrubou “centenas de contas afiliadas ao Hamas” e removeu milhares de postagens do ar desde o início da guerra em Israel.

    No início desta semana, a União Europeia (UE) deu à plataforma – anteriormente conhecida como Twitter – 24 horas para reportar conteúdos ilegais e desinformação sobre o conflito.

    Caso contrário, o X teria de enfrentar penalidades sob a Lei de Serviços Digitais recentemente promulgada pelo bloco.

    A CEO da empresa Linda Yaccarino respondeu ao funcionário da UE Thierry Breton por uma carta, datada de quarta-feira (11), que ela então compartilhou na rede social.

    Yaccarino disse que o X “redistribuiu recursos e reorientou equipes internas que estão trabalhando 24 horas por dia para lidar com a situação”.

    “Não há lugar no X para organizações terroristas ou grupos extremistas violentos e continuamos a remover essas contas em tempo real”, escreveu Yaccarino sobre os usuários que expressaram apoio ao Hamas.

    “O X está reportando conteúdos falsos e manipulados durante esta crise em constante evolução e mudança”, acrescentou a CEO. Yaccarino conta que a plataforma “montou um grupo de liderança para avaliar a situação” logo após a notícia do ataque.

    “Uma série de vídeos descaracterizados e outras postagens se tornaram virais no X no fim de semana, alarmando especialistas que acompanham a disseminação de desinformação”, relata a CEO do X.

    Yaccarino diz que a situação é um “exemplo da luta das plataformas de mídia social para lidar com a enxurrada de falsidades durante grandes eventos geopolíticos“.

    Desde o ataque a Israel, Yaccarino disse que o X agiu para “remover ou rotular dezenas de milhares de conteúdos” que violam as suas regras sobre discurso violento, mídia manipulada e mídia gráfica.

    Imagens de satélite mostram ataques em Gaza

    [cnn_galeria active=”3514869″ id_galeria=”3514704″ title_galeria=”Imagens de satélite mostram ataques na Faixa de Gaza e em Israel”/]

    A plataforma também respondeu a mais de 80 pedidos de autoridades da UE para remover conteúdos.

    “Notas da comunidade” – que permitem aos usuários X verificar postagens falsas – são visíveis em “milhares de postagens, gerando milhões de impressões”, escreveu Yaccarino.

    De acordo com a presidente executiva da empresa, as notas relacionadas ao conflito levam em média cerca de cinco horas para aparecer após a criação de uma postagem, uma revelação que pode alimentar preocupações de que conteúdo falso ou manipulado esteja sendo visto por milhares – ou em alguns casos, milhões – de pessoas antes.

    Em resposta à carta de Yaccarino, Breton disse na quinta-feira (12) via X que a equipe de aplicação da Lei de Serviços Digitais “analisará a resposta e decidirá os próximos passos”.

    A lei é um dos esforços mais ambiciosos dos legisladores em qualquer lugar do mundo para regular os gigantes da tecnologia. As empresas chegam a enfrentar bilhões de dólares em multas por violarem a lei.

    Veja também: Fronteira entre Gaza e Egito é bombardeada; Israel nega autoria

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