Governo projeta R$ 210 bilhões com segundo leilão de excedentes de petróleo
Valor corresponde a investimentos que as empresas que vencerem vão aportar durante todo período do contrato, com prazo até 2050
Antes do ano acabar, o governo pretende completar o leilão das áreas de petróleo e gás, na chamada cessão onerosa, localizadas na Bacia de Santos. Falta licitar os campos de Sépia e Atapu, que não foram arrematados em 2019 por falta de interessados.
À CNN, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que os dois campos têm potencial para atrair R$ 210 bilhões em investimentos. “Vai ser muito importante para o país, não só em termos de transformar recursos naturais em riquezas, geração de emprego e renda para sociedade mas também investimentos vultosos que serão realizados e trarão muitos benefícios a gerações futuras”, afirmou o ministro.
Esse é o valor que a exploração dos campos deve movimentar, são investimentos que as empresas que vencerem vão aportar durante todo período do contrato, com prazo até 2050. Porém o bônus de assinatura, que é o quanto o governo deve arrecadar de cara, ficou em cerca de R$ 12 bilhões – valor 70% menor do que foi pedido no leilão de 2019. Dessa forma os investidores vão desembolsar menos do que o esperado no ato da assinatura do acordo com o governo.
Por outro lado, o Conselho Nacional da Política Energética estipulou, nesta terça-feira, que o vencedor da licitação será aquele que apresentar a maior alíquota de óleo-lucro, que é a quantidade a ser repassada à União, ao longo do período de extração. De olho no longo prazo, o governo vê este como um dos maiores leilões da história do mercado de petróleo e gás, se conseguir conquistar os investidores, ficando atrás apenas do de 2019.
O CNPE também marcou o leilão para dezembro. A previsão anteriormente era novembro.