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    Inflação ao produtor nos EUA tem alta impulsionada por aumento nos custos de gás e energia

    Índice acima da expectativa do mercado indica que queda da inflação nos EUA será turbulenta

    Alicia Wallaceda CNN , Minneapolis

    O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 2,2% nos 12 meses encerrados em setembro, registrando alta pelo terceiro mês consecutivo.

    Em setembro, a alta foi influenciada pelos preços elevados de energia, segundo dados divulgados na quarta-feira (11) pela Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA (BLS, na sigla em inglês).

    Numa base mensal, os preços subiram 0,5%, um ligeiro arrefecimento em relação ao aumento de 0,7% de agosto.

    O aumento anual de setembro foi impulsionado por um ganho de 0,9% nos preços dos bens. Além dos valores de energia, os preços dos alimentos também puxaram a alta, mostram os dados do BLS.

    O PPI mede a variação média dos preços que as empresas pagam aos fornecedores, por tanto sendo utilizado para definir a inflação de preços no atacado de bens e serviços.

    Os economistas projetavam um aumento anual de 1,6% e um aumento mensal de 0,3%, de acordo com estimativas de consenso da Refinitiv.

    Os preços do gás atingiram novas máximas anuais em setembro, à medida que os preços do petróleo ultrapassavam US$ 92 (R$ 464,68) por barril, devido a cortes na oferta e a inundações catastróficas na Líbia.

    Contudo, em outubro, os preços do petróleo oscilaram na direção oposta, um desenvolvimento bem-vindo tanto para os consumidores como para o banco central norte-americano, Federal Reserve (Fed).

    Excluindo os componentes mais voláteis de alimentos e energia, o núcleo do PPI subiu 2,7% no mês e 0,3% no ano.

    Embora superior ao aumento anual estimado de 2,5% em agosto, o aumento anual do PPI central permanece próximo dos mínimos de 2023 e bem abaixo da máxima recorde de 9,7% atingida em março de 2022.

    Notavelmente, sem a influência da energia e dos alimentos, os preços dos bens de procura final cresceram apenas 0,1% entre agosto e setembro, mostram os dados do BLS.

    Ainda assim, o último registro do PPI serve como um lembrete de que a desaceleração da inflação será turbulenta, como alertou o presidente do Fed, Jerome Powell, ao longo do ciclo de alta das taxas do banco central dos EUA.

    Chris Rupkey, economista-chefe da FwdBonds, disse na quarta-feira que “o Fed ainda não terminou o trabalho de eliminar a inflação. Na verdade, os legisladores têm um trabalho difícil pela frente, tanto quanto a inflação que vemos nos preços ao produtor vem de preços dos alimentos e da energia sobre os quais a política monetária tem menos efeito”.

    O PPI é um medidor de inflação observado de perto, uma vez que capta as mudanças médias de preços antes de chegarem aos consumidores e serve como um sinal para os preços aplicados no final da cadeia.

    Veja também: Inflação no Brasil tem alta de 0,26% em setembro

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