Em estados do Nordeste, subtilização da força de trabalho ultrapassa 40%
Os maiores resultados foram nos estados Piauí (46,4%), Alagoas (45,1%) e Maranhão (44,9%)
A taxa média anual de subutilização da força de trabalho no país ficou em 28,1% no ano de 2020, mas superou os 40% em Estados nordestinos como o Piauí (46,4%), Alagoas (45,1%) e Maranhão (44,9%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os menores resultados no ano foram os de Santa Catarina (11,8%), Mato Grosso (17,7%), Paraná (18,9%) e Rio Grande do Sul (19,0%).
No quarto trimestre de 2020, a taxa composta de subutilização da força de trabalho – porcentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada – foi de 28,7%.
Os piores desempenhos foram do Piauí (46,7%), seguido por Alagoas (46,6%), Maranhão (44,7%) e Bahia (44,6%). As menores taxas ocorreram em Santa Catarina (10,8%), Mato Grosso (17,5%), Rio Grande do Sul (18,7%) e Paraná (19,3%).
No quarto trimestre, o Brasil tinha 5,8 milhões de desalentados – quem deixou de buscar uma vaga por acreditar que não encontraria uma oportunidade, por exemplo -, sendo que 813 mil deles estavam na Bahia, o equivalente a 14,0% do contingente nacional.
Taxa de desocupação de pretos é 49,6%
A taxa de desemprego entre os brasileiros que se declaram brancos (11,5%) permaneceu significativamente abaixo da taxa de desocupação dos autodeclarados pretos (17,2%) e pardos (15,8%) no quarto trimestre de 2020.
A taxa de desemprego média global no período foi de 13,9%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“A taxa de desocupação de pretos é 49,6% maior do que a de brancos”, ressaltou Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.
A taxa de desocupação dos autodeclarados pardos foi 37,4% superior à dos brancos.