LVMH desiste da compra da Tiffany em negócio que era de US$ 16 bilhões
O acordo, que teria sido o maior da história na indústria de luxo, foi fechado antes da pandemia, que atingiu duramente o mercado de luxo
A gigante francesa de bens de luxo LVMH disse que vai desistir da aquisição de US$ 16 bilhões da joalheria norte-americana Tiffany, em mais um acordo que deve fracassar diante dos impactos da pandemia de Covid-19.
O cenário está armado para uma amarga disputa judicial: a Tiffany disse que estava entrando com um processo contra a LVMH para forçá-la a concluir o negócio conforme acertado no ano passado, acusando o grupo francês de retardar deliberadamente a conclusão da aquisição.
O acordo, que teria sido o maior da história na indústria de luxo, foi fechado antes da pandemia, que atingiu duramente o setor e levantou dúvidas sobre se a LVMH, dona da Louis Vuitton, estava pagando caro demais pelo negócio.
Leia também:
Vale e Petrobras ultrapassam Mercado Livre como mais valiosas da América Latina
Foodtech NotCo, do ‘Não Leite’, recebe aporte de R$ 450 mi e mira em expansão
A LVMH disse em comunicado que seu conselho recebeu uma carta do Ministério das Relações Exteriores da França pedindo-lhe para adiar a aquisição da Tiffany para após 6 de janeiro de 2021, dada a ameaça de tarifas adicionais dos EUA contra produtos franceses.
O grupo francês acrescentou que a Tiffany também havia pedido que adiasse o fechamento do negócio para 31 de dezembro deste ano, a partir de um prazo já estendido de 24 de novembro.
A empresa disse que seu conselho decidiu manter os termos do acordo de fusão original, que estabelecia que o negócio deveria ser concluído até 24 de novembro.
“Da forma como está, o Grupo LVMH não será capaz de concluir a aquisição da Tiffany”, afirmou a empresa.
Clique aqui para acessar a página do CNN Business no Facebook