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    Em relatório, Petrobras diz que coronavírus pode impactar suas operações

    De acordo com a publicação, a doença poderá causar restrições à saúde de sua força de trabalho, com reflexo na operação de algumas de suas instalações

    Fachada da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (16.Out.2019)
    Fachada da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (16.Out.2019) Foto: Sergio Moraes/ Reuters

    Reuters

    A Petrobras afirmou em relatório 20F que a pandemia de coronavírus poderá impactar negativamente os resultados em 2020 – assim como as condições financeiras da companhia. De acordo com a publicação, a doença poderá causar restrições à saúde de sua força de trabalho, com reflexo na operação de algumas de suas instalações, o que afetará o balanço da empresa. 

    O 20-F é um relatório com informações detalhadas e que deve ser entregue anualmente por todas as empresas com papéis negociados em bolsas de valores dos EUA. Ele contém diversos cenários sobre qualquer questão que pode impactar a empresa de alguma forma.

    “Epidemias de saúde pública como o surto de coronavírus (COVID-19″) podem causar restrições à saúde de nossa força de trabalho e, portanto, impactar a operação de algumas de nossas instalações, incluindo plataformas, refinarias, terminais, entre outras. Essa condição pode ter um impacto negativo em nossos resultados e condição financeira”, disse a empresa no 20F de 2019, publicado na noite de sexta-feira.

    Leia também: Castello Branco: meta de redução da dívida da Petrobras ainda é dúvida em 2020

    Em meio à pandemia do novo vírus, a Petrobras informou na semana passada que solicitou aos bancos o desembolso de suas linhas de crédito compromissadas (“revolving credit lines”) no montante de cerca de 8 bilhões de dólares.

    O movimento faria parte de uma estratégia para reforçar a liquidez da companhia, a fim de se resguardar dentro do contexto atual de crise, em função da pandemia e do choque de preços do petróleo, segundo explicou na ocasião.

    A empresa também postergou o recebimento de ofertas vinculantes para a venda de refinarias e seus respectivos ativos logísticos, em função das medidas de prevenção ao coronavírus. O desinvestimento em refino é um dos principais da companhia, que busca reduzir a dívida e focar seus negócios em exploração e produção de petróleo em águas profundas.

    As medidas de combate ao vírus estão trazendo perspectivas de redução da demanda por combustíveis fósseis em todo o mundo, ao mesmo tempo em que as gigantes Rússia e Arábia Saudita travam uma guerra por participação de mercado, ajudando a derrubar os preços do petróleo.

    A Petrobras já vinha executando um amplo plano de redução de custos nos últimos anos e não anunciou medidas adicionais de cortes de despesas devido ao coronavírus.

    Outras petroleiras globais, como Exxon, Chevron, BP e Total anunciaram planos de reduções acentuadas de gastos devido à atual crise.