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    Dólar se aproxima dos R$ 4,80 e bate novo recorde em dia de tensão nos mercados

    Moeda americana fechou em alta de 1,97%, a R$ 4,72 nesta segunda-feira (9), pressionada por preço do petróleo e coronavírus

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo

    O dólar escalou a novos recordes históricos nesta segunda-feira, aproximando-se de R$ 4,80, na esteira de uma onda de aversão a risco global diante do colapso dos preços do petróleo e de temores econômicos relacionados ao coronavírus.

    A moeda americana até saiu das máximas da sessão, mas não sem antes o Banco Central (BC) vender um total de US$ 3,465 bilhões. Trata-se do maior volume a ser liquidado em um mesmo dia desde pelo menos 11 de maio de 2009.

    No fechamento das operações no mercado à vista, o dólar saltou 1,97%, e terminou a R$ 4,7256 na venda, depois de alcançar R$ 4,7950, novo pico histórico intradiário. A alta da moeda no fechamento é a mais forte desde 6 de novembro de 2019 (+2,22%).

    O mercado local analisou ao longo do dia declarações do diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, segundo o qual a autoridade monetária usará as ferramentas e montantes necessários para prover liquidez e funcionalidade ao mercado cambial.

    “Isso vai em linha com o que acreditamos ser o modo apropriado para lidar com esse evento único. Não é uma questão de taxa de câmbio barata ou cara, mas de necessidade de evitar que o câmbio fique disfuncional”, disse em relatório a equipe de estratégia para mercados emergentes do BNP Paribas, chefiada por Gabriel Gersztein.

    Comentários sobre o câmbio também vieram do ministro da Economia, Paulo Guedes, que repetiu que o câmbio de equilíbrio no Brasil é mais alto e disse que sua flutuação também é atrelada ao andamento das reformas econômicas.

    O movimento do câmbio no Brasil ocorreu em sintonia com o visto frente a outras moedas emergentes. Mas, diferentemente de últimas sessões, o real não liderou as perdas, encabeçadas por divisas correlacionadas ao petróleo – peso mexicano, peso colombiano e coroa norueguesa. O petróleo desabou na casa de 24%, após decisão da Arábia Saudita de elevar produção e cortar preços.

    Na B3, o dólar futuro de maior liquidez tinha ganho de 2,19%, a R$ 4,7355, após bater R$ 4,7990 na máxima. No acumulado de 2020, o dólar salta 17,76% ante o real , o que mantém a divisa brasileira na lanterna entre seus principais rivais no período.

    Na visão de Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos, o ambiente seguirá sendo de forte volatilidade. “Para uma melhora deste panorama, será necessária uma melhora no fluxo de notícias em torno do coronavírus aliado a uma ação mais forte dos governantes e dos bancos centrais.”

    Apesar do dólar alto, Ibovespa opera em alta

    Dólar teve alta de 1,97%, nesta segunda-feira (9), e fechou a R$ 4,7256

    Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

     

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