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    Loft e Zap mostram que espaço para home office já impacta o mercado de imóveis

    Segundo a startup Loft, soluções para o home office passaram a ser pedido obrigatório dos clientes no momento de montar um projeto de reforma

    Marcelo Sakate, , do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Um cantinho para chamar de teu escritório em casa. Ao que tudo indica, o espaço dedicado para o home office veio para ficar e já começa a se materializar como tendência de mercado. É o que revelam dados levantados com exclusividade pela Loft para o CNN Brasil Business. Em pouco mais de dois anos, a startup se tornou uma das maiores empresas do país em compra, reforma e venda de imóveis.

    “Em maio registramos um aumento de mais de 25% no número de reuniões com clientes que precisam de reformas em relação a abril. E o número de contratos subiu 20%, o que mostra o crescente interesse por reformas”, afirma Murilo Morale, diretor da Decorati, empresa da Loft especializada em reformas e decoração.

    Segundo o executivo, soluções para o home office passaram a ser pedido obrigatório dos clientes no momento de montar um projeto de reforma.

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    Mais espaço

    A preferência por imóveis maiores em meio à pandemia, o que sugere espaço para o trabalho em casa, é sentida também nas buscas para o aluguel de imóveis.

    Segundo dados do Grupo ZAP, empresa que recebe mensalmente 50 milhões de visitas na sua plataforma de negociação de imóveis, houve uma queda de 34% para 28% na procura por imóveis de um dormitório na cidade de São Paulo em março e abril na comparação desse mesmo período em 2019 com 2020, respectivamente.

    Na contramão, a procura por imóveis com dois dormitórios passou de 52% para 56%; e aqueles com três dormitórios saltaram de 14% para 16%.

    As informações fazem parte do estudo “Os Efeitos Econômicos da Covid-19 no setor imobiliário”, divulgado nesta quarta-feira. A queda na busca por imóveis compactos foi verificada pela Data ZAP, o braço de inteligência imobiliária do Grupo ZAP, em outras capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba e Porto Alegre.

    “A queda de demanda mais acentuada para o nicho de imóveis compactos (com até um dormitório) está muito provavelmente relacionada à mudança de comportamento dos consumidores, buscando imóveis com mais espaço, vislumbrando uma vida em que se passa mais tempo dentro de casa”, dizem os analistas do Grupo ZAP. 

    Os dados acima referendam novos interesses que já se manifestavam em consultas de mercado. Uma pesquisa conduzida pela Loft com 1.300 clientes e corretores nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro revelou que 7 em cada 10 pessoas querem uma área separada dentro de casa para trabalhar. Outros 45% disseram que o tempo de isolamento social com a pandemia despertou o interesse por apartamentos maiores.

    A culinária doméstica foi outra campeã de preferência, segundo a pesquisa. Quase a metade dos entrevistados (46%) disse que pretende ampliar o uso na cozinha no dia a dia, superando com folga os que dizem que vão usar serviços de entrega (22%).

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