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    Apenas 25% dos jovens entre 18 e 24 anos têm acesso ao ensino superior, diz levantamento

    Ministério da Educação e o Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, nesta terça-feira (10), o Censo da Educação Superior

    Leonardo Ribbeiroda CNN , em Brasília

    O Ministério da Educação e o Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, nesta terça-feira (10), o Censo da Educação Superior. O levantamento aponta que menos de 25% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos têm acesso ao ensino superior.

    Ao todo, as faculdades, centros universitários e universidades ofereceram 22 milhões de vagas em 2022, em 40 mil cursos. Aproximadamente 75% foram na modalidade à distância.

    Do total ofertado, 4,3 mil vagas foram preenchidas. Praticamente 96% em instituições particulares. A propósito, o ensino privado representa maior parte da oferta de ensino superior. Das 2.595 instituições em funcionamento no país, apenas 321 são públicas – federais, estaduais ou municipais.

    O Censo da Educação Superior é uma pesquisa estatística realizada anualmente. Os dados ajudam o Ministério da Educação (MEC) no acompanhamento, avaliação e formulação de políticas públicas para o nível superior brasileiro.

    Participam da pesquisa as instituições públicas e particulares que ofertam cursos de graduação e sequenciais de formação específica.

    Ensino à distância

    Uma das preocupações apontadas pelo ministro da Educação é a expansão do ensino à distância. A graduação à distância aumentou 21% de 2021 para 2022.

    Camilo Santa classificou o fenômeno como “alarmante e desafiador”. “São 17,1 milhões de vagas, ante 5,6 milhões no ensino presencial”, disse.

    O ministro prometeu decisões mais “rígidas” e “duras” na coordenação e fiscalização dos cursos EAD. Recentemente ele mandou suspender a criação de cursos de Enfermagem à distância e cancelou o processo que previa estudos para implantação de outras graduações nesta modalidade, como a de Direito.

    “Nossa preocupação não é ter curso a distância, mas garantir a qualidade desse curso oferecido para a formação do profissional. Estávamos aguardando o relatório desse último Censo para tomar decisões mais rígidas ou duras para regular e coordenar esses cursos”, explicou.

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