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    Neymar encara Venezuela em busca de mais uma marca histórica pela Seleção

    Atacante pode ser o primeiro jogador a marcar sobre todos os adversários brasileiros nas Eliminatórias

    Emerson PancieriAlexandre Simõesda Itatiaia

    Maior artilheiro da Seleção Brasileira em jogos oficiais (79 gols) e goleador máximo brasileiro em partidas pelas Eliminatórias Sul-Americanas (16), o atacante Neymar está próximo de mais uma marca com a camisa amarela.

    Nesta quinta-feira (12), diante da Venezuela, às 21h30 (de Brasília), na Arena Pantanal, em Cuiabá, ele pode se tornar o primeiro jogador a marcar pelo Brasil contra todos os adversários da competição que dá vagas na Copa do Mundo.

    Será apenas a terceira partida de Neymar contra os venezuelanos pela Seleção. Nas duas anteriores, pelas Copas América de 2011 e 2021, ele marcou apenas uma vez. Pelas Eliminatórias, será o primeiro jogo do camisa 10 contra a Venezuela e, se balançar a rede, ele escreve mais uma história.

    A maior vítima de Neymar nas Eliminatórias Sul-Americanas é o Peru, que sofreu quatro gols em cinco jogos, sendo três deles num único jogo, em 13 de outubro de 2019, quando o Brasil fez 4 a 2, em Lima, na briga por uma vaga na Copa do Catar.

    A Bolívia sofreu três gols de Neymar em Eliminatórias. Uruguai, Equador e Paraguai foram vazados duas vezes, cada, e Argentina, Colômbia e Chile, uma.

    Média é inferior a outros atacantes

    Esses 16 gols em 26 partidas proporcionam uma média de 0,61, que não é a mais alta entre os artilheiros históricos da Seleção Brasileira nas Eliminatórias. O primeiro posto nesse ranking pertence a Tostão, que em 1969 balançou a rede dez vezes em seis partidas, média de 1,66.

    Romário também tem média superior a um gol por jogo nas Eliminatórias (1,37), com 11 gols em oito partidas. Zico é outros que balançou a rede 11 vezes no torneio, em 11 partidas.

    Na média, entre os jogadores que marcaram pelo menos dez gols com a camisa da Seleção em Eliminatórias, Neymar só supera o meia Kaká (0,37), pois seus 10 gols foram em 27 partidas.

    Além de Tostão, Romário e Zico, Ronaldo e Luís Fabiano têm média superior à de Neymar, pois eles fizeram 10 gols em 15 partidas, o que significa 0,67 por jogo.

    Fórmulas atrapalharam outros jogadores da Seleção

    Tostão, Romário e Zico não tiveram a chance de alcançar o feito de Neymar, que nesta quinta-feira pode se transformar no primeiro a marcar gol em todas as seleções que disputam as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo.

    Isso porque, na época em que jogaram a competição, a fórmula de disputa era diferente, com grupos, e não no sistema de ida e volta, como atualmente.

    De toda forma, Zico balançou a rede de todos os rivais que teve pela frente em Eliminatórias. Ele marcou sete vezes sobre a Bolívia, duas diante da Venezuela, e uma contra Colômbia e Paraguai.

    Tostão teve apenas um ciclo

    Maior goleador na média, Tostão jogou apenas a competição de 1969, seletiva para o Mundial de 1970, e marcou contra Venezuela (6 gols) e Colômbia (4), passando em branco nos dois jogos contra o Paraguai.

    Romário enfrentou seis seleções em Eliminatórias e marcou sobre quatro: Venezuela (5 gols), Bolívia (3), Uruguai (2) e Peru (1). Ele passou em branco diante de Chile e Equador.

    Ronaldo, Luís Fabiano e Kaká tiveram a chance de disputar, neste século, as Eliminatórias no formato com as dez seleções sul-americanas se enfrentando no sistema de ida e volta.

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