Governo espera que alta de PIB no 3º tri recupere perdas anteriores
Ainda segundo o Ministério da Economia, embora o país tenha entrado em recessão técnica, a queda do PIB brasileiro foi menor que demais países
Na avaliação da equipe econômica do governo federal, o bom desempenho da economia no terceiro trimestre de 2020 poderá recuperar parcialmente as perdas dos dois trimestres anteriores. “Os indicadores coincidentes (que medem a atividade econômica) também sugerem que o crescimento no 3º trimestre será elevado, revertendo parcialmente as perdas ocorridas no trimestre passado”, analisa a pasta.
Em nota informatica publicada pela nesta terça-feira (1º), a secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia (ME) reforçou que, apesar do tombo de 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, demais indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sinalizam recuperação da atividade econômica. De acordo com o documento, esse resultado será o com maior reflexos negativos da pandemia.
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“Apesar do resultado negativo no trimestre, os dados mensais dos indicadores de atividade indicam, de forma geral, que o mês de abril foi o mais impactado pelo afastamento social. As principais pesquisas de atividade do IBGE (PIM, PMS e PMC) corroboram essa análise ao mostrarem recuperação parcial nos meses de maio e junho”, destaca o documento.
Ainda segundo o Ministério da Economia, embora o país tenha entrado em recessão técnica, com contração elevada, a queda do PIB brasileiro foi menor que demais países, inclusive na comparação com emergentes como Chile, México e Índia.
“A menor deterioração deveu-se ao trabalho conjunto do Governo Federal e do Congresso Nacional na elaboração e implementação de políticas econômicas que suavizassem os efeitos do coronavírus”, explica a pasta.
Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro anunciou novas parcelas do auxílio emergencial no valor de R$ 300.
Para a equipe econômica, as medidas adotadas no combate à pandemia, possibilitaram uma retomada mais rápida da atividade econômica, minimizando os efeitos negativos no longo prazo. “O escudo de proteção social foi importante para evitar que muitos trabalhadores informais e famílias mais carentes ficassem desamparados no momento em que suas rendas foram severamente reduzidas”, complementa.
A pasta também reforçou a importância da retomada da agenda de reformas. Na visão do ME, o baixo crescimento da economia brasileira se dá pela baixa produtividade e pela má alocação de recursos. “Não há outro caminho que resulte em elevação do bem-estar dos brasileiros a não ser medidas que busquem a correção da má alocação e incentive a expansão do setor privado”, reforça.
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