Ibovespa fecha em alta com exterior positivo; dólar cai a R$ 5,08
Investidores internos repercutem divulgação de relatório do Banco Central, enquanto mercados globais ainda aguardam pacote de estímulo norte-americano
O dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira, com recuo de 0,59%, a R$ 5,0782 na venda. A moeda operou em queda ao longo de toda a quinta-feira, variando entre R$ 5,09 reais (-0,36%) e R$ 5,0428 (-1,28%).
Já a bolsa paulista fechou o pregão em alta de 0,46% para 118.400 pontos. Ao longo do dia o índice chegou a superar a marca dos 119 mil pontos. A pontuação recorde de fechamento do Ibovespa é de 23 de janeiro, quando terminou a 119.527,63 pontos.
O principal destaque do pregão é a Braskem (BRKM5) que liderou novamente os ganhos do Ibovespa, com valorização de 7,59%. O movimento acontece depois que a Odebrecht avalia começar conversas com potenciais compradores de sua participação de 38,3% na petroquímica.
O viés otimista do mercado brasileiro reflete declarações de parlamentares dos Estados Unidos (EUA), de que o Congresso americano estaria “se aproximando” da aprovação do pacote de estímulos. A ajuda a pessoas físicas por lá deve ficar entre US$ 600 e US$ 700 por cidadão.
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Além disso, também alimentava o apetite por risco a promessa do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de continuar injetando dinheiro nos mercados por meio do programa de compra de títulos até que a economia do país recupere uma trajetória mais sólida.
Enquanto isso, as atenções do mercado interno se voltam novamente para o Banco Central e suas perspectivas econômicas. O BC divulgou, há pouco, seu Relatório de Inflação com novas projeções: a autoridade monetária já vê a inflação terminar o ano em 4,3%, ante 2,1% esperado em setembro.
Hoje, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que um possível atraso na vacinação da população brasileira contra a Covid-19, que implique em uma redução da mobilidade e aumento do distanciamento social, teria impacto no crescimento econômico do curto prazo, bem como na política monetária da autarquia.
Investidores da B3 ainda repercutem a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, que passou pelo Congresso ontem (quarta, 16) e agora aguarda sanção presidencial. A norma estabeleceu a meta fiscal com déficit de R$ 247 bilhões e um salário mínimo de R$ 1.088.
Bolsas internacionais
Os três principais índices de Wall Street encerraram em máximas recordes nesta quinta-feira, com investidores mais otimistas sobre um projeto de lei de alívio ao coronavírus, o que ajudou os mercados a minimizar a tensão econômica provocada pela pandemia da Covid-19.
Os índices de tecnologia e de consumo discrionário do S&P 500 atingiram máximas recordes intradiárias.
O Dow Jones encerrou em alta de 0,49%, aos 30.303 pontos, o S&P 500 valorizou-se 0,57%, aos 3.722 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,84%, aos 12.764 pontos.
As ações europeias seguiram próximas de uma máxima em quase dez meses nesta quinta-feira, com a esperança de mais estímulos nos Estados Unidos e possíveis lançamentos de vacinas contra a Covid-19 na Europa fortalecendo as apostas em uma recuperação econômica global.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,23%, a 1.533 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,3%, a 397 pontos, estendendo seus ganhos para uma quarta sessão consecutiva.
O índice de blue-chips da China fechou em alta pela quarta sessão seguida nesta quinta-feira, impulsionado pelos setores de saúde, consumo básico e financeiro, diante do otimismo do investidor com uma rápida recuperação na segunda maior economia do mundo.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 1,28%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,13%.
No exterior, as ações mundiais atingiam novos picos, com as notícias positivas do governo americano.
Em atualização.
(Com Reuters)
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