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    Mercado eleva estimativas para déficit primário em 2021 e 2022

    As metas de déficit primário para 2021 e 2022 são R$ 247,1 bilhões e R$ 170,5 bilhões, respectivamente

    Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real,Cédulas do real
    Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real,Cédulas do real Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

    José de Castro, da Reuters

    O mercado financeiro piorou suas estimativas para o resultado primário das contas públicas tanto para este ano quanto para o próximo, embora tenha melhorado ligeiramente os prognósticos para o déficit nominal e a proporção dívida bruta/PIB, conforme o relatório Prisma Fiscal de maio divulgado nesta quinta-feira (13).

    O rombo primário –que representa o resultado das contas do governo fora o pagamento dos juros da dívida pública– deve ficar em R$ 257,4 bilhões em 2021, ante R$ 250,3 bilhões previstos no documento de abril. Os números se referem às medianas das projeções.

    Também houve piora no resultado esperado para 2022, para quando o déficit esperado agora é de R$ 170,2 bilhões, contra R$ 162,7 bilhões na estimativa do mês passado.

    As metas de déficit primário para 2021 e 2022 são R$ 247,1 bilhões e R$ 170,5 bilhões, respectivamente.

    Os números relativos ao resultado primário das contas públicas são acompanhados de perto pelas agências de classificação de risco por indicarem a consistência entre as metas de política macroeconômicas e a sustentabilidade da dívida. Em outras palavras, são uma medida importante da capacidade do governo de honrar seus compromissos.

    O resultado nominal, que inclui as despesas com juros, observou leve melhora em termos de expectativas do mercado, para um rombo de R$ 561,3 bilhões em 2021 (-563,6 bilhões no número de abril). Em 2022, o saldo negativo deve ficar em R$ 519,4 bilhões, ante R$ 531,8 bilhões da previsão anterior.

    As agências de risco também monitoram com atenção a razão entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB), que oferece uma sinalização sobre riscos de rolagem.

    No Prisma Fiscal de maio, analistas de mercado reduziram moderadamente as previsões para a dívida/PIB em relação aos dados de abril: de 89,49% para 88,95% em 2021 e de 91,00% para 90,60% em 2022.