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    Setor de serviços cai 4% em março e volta a ficar abaixo do patamar pré-pandemia

    Dado teve alta de 4,5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior

    Matheus Prado, do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O volume do setor de serviços do Brasil caiu 4,0% em março em relação a fevereiro e teve alta de 4,5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (12).

    “O setor mostrava um movimento de recuperação desde junho do ano passado e chegou a superar o patamar pré-pandemia. Mas, com a queda em março, encontra-se 2,8% abaixo do volume de fevereiro do ano passado”, afirma o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

    Três das cinco atividades medidas tiveram queda, com destaque para o resultado de serviços prestados às famílias, que caiu 27%, a taxa negativa mais intensa desde abril de 2020 (-46,5%). Também contribuíram para o índice as quedas de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,9%) e de profissionais, administrativos e complementares (-1,4%).

    André Perfeito, economista-chefe da Necton, afirma que o resultado, se comparado ao mesmo mês do ano passado, veio acima da mediana das projeções. “Nossa estimativa era de 4% de alta. A variação no trimestre encerrado em março veio também no terreno positivo e avançou 2,79%”, diz.

    “Os dados são positivos, contudo temos que lembrar que houve queda no primeiro trimestre tanto de indústria quanto comércio, o que aponta para um recuo expressivo do PIB do 1º trimestre de 2021, algo em torno de 3% segundo nossas estimativas iniciais.”

    O mês de março de 2021 foi marcado por picos no número de mortes no Brasil por conta da Covid-19, bem como novos fechamentos de negócios em várias localidades. Altamente dependente do contato físico, o setor ainda sente a pressão do desemprego elevado e da inflação.

    “(As medidas mais restritivas para contenção da pandemia) foram menos impactantes do que em março de 2020, mas suficientes para fazer o setor de serviço recuar e voltar ao patamar pré-pandemia”, explicou Lobo. “Março teve perdas importantes, assim como no começo da pandemia em 2020”.

    Por outro lado apresentaram ganhos em março os setores de informação e comunicação (1,9%) e de outros serviços (3,7%).

    O índice de atividades turísticas, por sua vez, registrou retração de 22,0% em março frente ao mês anterior, maior queda desde abril de 2020 (-54,5%). O segmento, que vinha mostrando recuperação entre maio de 2020 e fevereiro de 2021, precisa agora crescer 78,7% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado.

    *Com Reuters

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