Carlos da Costa: MPEs podem gerar crescimento de mais 4% no PIB até 2030
O que melhoraria esse número, segundo o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, seria o aumento da eficiência dessas companhias
O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, afirmou que as micro e pequenas empresas (MPEs) são fundamentais para a retomada da atividade econômica. Na estimativa dele, sozinhas, as MPEs podem ser responsáveis por um crescimento de mais 4 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) em 10 anos.
“Atualmente a produtividade das micro e pequenas empresas é o equivalente a 22% das grandes companhias do país. Se esse percentual atingisse 60%, o Brasil poderia crescer mais de 4% ao ano durante 10 anos, apenas por conta disso”, disse ele durante debate virtual promovido pelo Bando do Nordeste de Desenvolvimento. “Isso mostra a oportunidade que temos com as MPEs.
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Segundo Costa, o trabalho para elevar a produtividade das MPEs será dividido em cinco pilares. “O primeiro é formalizar a micro e pequena empresa. Mas isso tem que ser de forma simples e fácil. Não basta só abrir CNPJ, por exemplo. Não pode vender e comprar sem nota, não pode ter funcionário informal. Nós sabemos que a formalização traz um ganho grande de produtividade”, observou.
O segundo pilar é o acesso ao crédito. Para este, o secretário destacou o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O terceiro pilar, de acordo com ele, é a capacitação empresarial.
“Precisamos apoiar as nossas micro e pequenas empresas para que elas desenvolvam capacidade gerencial e capacidade de inovação, capacidade de alcançar novo patamar empresarial, de gestão, de criação de valor, de formação de pessoas”, completou.
Os dois últimos pilares são o da digitalização e o da exportação. Para o secretário, a digitalização traz para as MPEs ferramentas antes de grandes empresas. “Somente 0,7% das nossas exportações vem de micro e pequenas empresas. Esse é um dos menores números do mundo. Precisamos apoiá-las para que exportem muito mais. Com esses cinco pilares, esperamos dar um salto de produtividade”, disse.
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