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    Demanda por transporte áereo de carga em 2020 foi a pior desde início da série

    O número é o pior desde 1990, ano em que a Associação Internacional de Transporte Aéreo começou a monitorar esse dado

    Elisa Calmon, da Agência Estado

    carga de oxigênio
    Avião da Azul é carregado com carga de 80 cilindros de oxigênio em Viracopos (Campinas/SP), com destino a Manaus, a pedido do Ministério da Saúde
    Foto: Divulgação (16/01/2021)

    A demanda global por transporte aéreo de carga, medida em toneladas de carga por quilômetro (CTKs), registrou queda de 10,6% em 2020 na comparação com o ano anterior. O número, divulgado nesta quarta-feira (3), pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), é o pior desde 1990, ano em que a instituição começou a monitorar esse dado.

    A Iata informa ainda que a capacidade global (medida por tonelada de carga disponível por quilômetro, ou ACTKs) recuou 23,3% no ano passado em relação a 2019. A queda é duas vezes maior do que a contração na demanda.

    Mas a associação destaca que a taxa de ocupação de carga subiu 7,7% no ano passado, favorecendo rendimentos. Com isso, a atividade ofereceu suporte às empresas do setor em meio ao colapso nas receitas com transporte de passageiros.

     “O transporte aéreo de cargas está sobrevivendo à crise em melhor forma do que o setor de passageiros. Em 2020. muitas companhias aéreas viram a carga se tornar uma fonte vital de receitas”, afirma Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da Iata.

    Mas o executivo aponta “enormes dificuldades” em atender a demanda com a maioria das frotas paralisadas. Com isso, avalia que “2021 será mais um ano difícil” diante das novas restrições de viagens impostas para contar as variantes mais recentes do coronavírus.

    A América Latina, que corresponde por 2,4% do mercado global, registrou um recuo de 21,3% na demanda por transporte de carga, enquanto a capacidade teve uma redução de 35%.

    Segundo a Iata, a recuperação desse tipo de atividade foi afetada na região por causa de condições econômicas adversas em países como México, Argentina e Peru.

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