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    Domino’s quer entregar pizzas em menos de 25 minutos e dobrar presença no Brasil

    Além de uma frota própria robusta, a entrega rápida acontece graças ao centro de controle da companhia, que monitora todas as entregas

    Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo



     

    É sexta-feira e você pensa “ah, mereço uma pizza, né?” e pede aquele disco de oito pedaços cheio de queijo mussarela que (quase) todo mundo adora. Só tem um problema: você se esqueceu de fazer o pedido um pouco mais cedo e recebe a notícia de que o tempo médio de espera é de uma hora ou mais. É no enfrentamento desse anticlímax que a Domino’s vem trabalhando nos últimos anos. 

    A maior rede de pizzarias do mundo, fundada no estado norte-americano do Michigan, garante que o tempo médio entre o pedido e a entrega é de 25 minutos. E tem margem para esse tempo de espera cair. 

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    Além de uma frota robusta, a entrega rápida acontece graças ao centro de controle da companhia, que monitora todas as entregas e traça as melhores rotas para os os motociclistas. 

    O centro de controle fica no escritório da empresa no Rio de Janeiro e foi inspirado nas salas de monitoramentos de rodovias. “A sala nos avisa sobre qualquer emergência e, no dia seguinte, gera um relatório que cruzamos com os dados do SAC (serviço de atendimento ao consumidor)”, explica Fernando Dias Soares, CEO da Domino’s Pizza no Brasil. 

    Depois de cruzar os dados, a equipe de atendimento ao consumidor vai atrás dos clientes que tiveram algum problema em seus pedidos e oferece cupons de desconto para as próximas compras. 

    Vale a pena lembrar que esta é uma empresa que nasceu no delivery e só depois decidiu abrir as lojas físicas. As entregas, portanto, fazem parte do DNA da empresa. 

    Nesse sentido, chama atenção a estratégia da Domino’s: 75% dos pedidos são entregues com exclusividade. Isso significa que o entregador sai da loja somente com a(s) pizza(s) de um cliente na mochila, enquanto a maioria das pizzarias traça uma rota a partir dos pedidos dos clientes e leva tudo em uma única leva. 

    Aliás, é até mais complexo do que isso. Se uma loja da Domino’s quiser aproveitar uma viagem para entregar dois pedidos, precisa justificar a decisão para a central de monitoramento. “Fazemos isto pela qualidade e pela experiência do cliente”, diz Soares.

    No início de 2020, a Domino’s tinha um orçamento de R$ 20 milhões exclusivos para o investimento em tecnologia. Mesmo com a pandemia de Covid-19, a empresa decidiu gastar o cheque e, neste mês, deve lançar um aplicativo para entregadores que deve contribuir para diminuir ainda mais o tempo de entrega. 

    Além de o Domlivery ter soluções de gestão e produtividade para os entregadores, vai ajudar a Domino’s a mapear os motociclistas no momento das entregas. “Vamos conseguir entender o motivo do atraso em uma loja e, se preciso, deslocar os entregadores de uma loja para outra”, conta o CEO da Domino’s no Brasil. Os consumidores também conseguirão ver em tempo real onde estão os entregadores. 

    Domino'sFoto: Divulgação/Domino’s

    Expansão 

    Em 2020 a Domino’s atingiu a marca de 300 lojas no Brasil e tem planos de dobrar de tamanho até 2025. No último trimestre de 2020, a rede inaugurou dez unidades – média de uma por semana desde o início de outubro. A marca investiu cerca de R$ 8 milhões para lançar esses novos pontos. 

    A expansão das lojas físicas caminha juntamente com a estratégia do delivery. Soares faz questão de deixar claro a regra número um: “eu só posso abrir uma loja onde consigo entregar em 25 minutos”. 

    Foi pensando assim que a rede conseguiu crescer – e muito – no digital. O delivery da empresa avançou 70% desde março, quando as medidas de isolamento social se tornaram mais rígidas. 

    No total, as vendas de 2020 cresceram mais de 90%, segundo dados preliminares da empresa. A participação das vendas online é de 56%.

    A expansão é apoiada por uma injeção de capital da Vinci Partners, que comprou a operação brasileira da Domino’s em agosto de 2018.  

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