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    TikTok e WeChat: downloads dos apps serão banidos nos EUA a partir de domingo

    Em nota, representantes do governo afirmam que o "presidente Trump fará tudo o que estiver ao seu alcance para garantir a segurança nacional"

    do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Em mais um episódio da ‘Guerra Fria’ entre Estados Unidos e China, os aplicativos TikTok e WeChat terão o acesso restringindo no país norte-americano a partir do próximo domingo (20). Segundo comunicado do Departamento de Comércio dos EUA, qualquer movimento para distribuir e comercializar o aplicativo das empresas em lojas de apps, como Apple Store e Google Play, estarão proibidos.

    “As ações de hoje provam, mais uma vez, que o presidente Donald Trump fará tudo o que estiver ao seu alcance para garantir a segurança nacional e proteger os americanos das ameraças do Partido Comunista Chinês”, disse o secretário Wilbur Ross, em comunicado. 

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    O representante do governo americano também informou pelo comunicado que a medida visa combater a coleta “maliciosa” de dados pessoais de cidadãos americanos pela China, ao mesmo tempo em que promove os valores nacionais do país. “Nos pautamos em regras democráticas e aplicação agressiva das leis e regulamento dos EUA”, afirmou, em nota. 

    O embróglio tem como pano de fundo um discurso anti-China do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Desde julho, Trump ameaça encerrar as atividades da companhia em solo americano, sob o pretexto de que a rede não protege (ou até vaza) os dados dos seus usuários.

    Criada na China, a rede social tem uma base de fãs gigantesca nos EUA e até tentou certa aproximação com os americanos. Kevin Mayer, um ex-alto executivo da Disney, foi apontado CEO da empresa em maio para tentar dar uma cara mais ocidentalizada para a operação. Durou pouco mais de quatro meses no cargo.

    Assistindo a essa briga de camarote, o mercado americano parece não estar muito preocupado com a postura de Trump.

    “No caso específico do TikTok, os investidores americanos não pareceram se incomodar. Pelo contrário, até consideram interessante a entrada de um grande player americano no negócio”, diz William Alves, estrategista-chefe da Avenue, corretora brasileira que atua nos Estados Unidos.

    Alves também corrobora o sentimento de que empresas chinesas podem passar por escrutínio maior a partir de agora, o que pode afastá-las do mercado americano. Aqui, as novas parcerias com mercados europeus podem se mostrar cada vez mais úteis. 

    “Tenho salientado para os clientes que, apesar de haver muitas empresas chinesas interessantes, com bons retornos e mercado gigantesco, é preciso ficar esperto”, diz ele. “Estamos em ano eleitoral e bater na China virou hobby, é um consenso entre os dois partidos.”

    E Trump promete não ficar por aí. WeChat, de mensagens instantâneas, Alibaba, de e-commerce, e Tencent, dona de jogos como League of Legends, são algumas empresas que estão na mira. Isso sem contar com a Huawei, do setor de telecomunicações, que não poderá ofertar sua estrutura de 5G nos EUA e em países aliados como o Reino Unido e possivelmente até o Brasil.

    * Com Reuters

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