Acho inevitável algum auxílio em 2021, diz professor da USP
José Pastore: "Vai ser inevitável ter alguma modalidade de auxílio para manter o mínimo de consumo e manter as pessoas em condições de sobrevivência"
O professor de relações de trabalho da Universidade de São Paulo (USP), José Pastore, acredita ser inevitável algum auxílio em 2021 para a população mais vulnerável.
“As pessoas precisam viver. Como nós vamos fazer isso? Vai ser inevitável para o Brasil, pelo menos para o primeiro semestre de 2021, ter alguma modalidade de auxílio para manter o mínimo de consumo e manter as pessoas em condições de sobrevivência civilizadas”, argumentou.
Durante a entrevista, o docente também explicou as diferenças entre o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Divulgada hoje, a pesquisa do IBGE indica uma alta da taxa de desemprego no terceiro trimestre em 10 dos 27 Estados. Já o Caged mostra que o Brasil abriu 394.989 vagas de trabalho com carteira assinada em outubro.
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“O Caged é uma estatística sobre o mercado formal, aquelas pessoas que têm carteira de trabalho registrada. E nesse campo do mercado formal, o governo lançou dois programas de grande sucesso: redução de jornada de trabalho e outra é suspeição de contrato de trabalho. Esses dois programas conseguiram preservar mais de 10 milhões de emprego”, disse.
“Além disso o governo lançou um terceiro propulsor, que é o auxílio emergencial. Esse auxílio emergencial se transformou em consumo e ativou uma parte importante da economia o que acabou gerando emprego”.
Já o Pnad, explicou ele, “pega formal e informal e procura saber quais são as pessoas que estão paradas e desejando trabalhar.”
(Publicado por Sinara Peixoto)