A pedido do BNDES, JBS vai processar os irmãos Batista
A decisão foi tomada hoje em assembleia geral de acionista a pedido do BNDES, que detém 22% do capital
A JBS, maior processadora de proteína animal do planeta, vai processar seus controladores, os irmãos Joesley e Wesley Batista, por prejuízos provocados à companhia.
A decisão foi tomada hoje em assembleia geral de acionista a pedido do BNDES, que detém 22% do capital.
Também serão processados os executivos Francisco de Assis, ex-diretor jurídico, e Florisvaldo de Oliveira, ex-membro do conselho fiscal.
Leia também:
Adeus, selinhos: Pão de Açúcar e Raia Drogasil inovam no programa de fidelidade
AliExpress quer popularizar o ‘11.11’ no Brasil, mas logística ainda é desafio
Em 2017, os irmãos Batista admitiram em delação premiada que desviaram recursos da empresa para propinas a políticos, entre outros atos ilícitos.
Desde então o BNDES vinha pressionando a JBS a processar Joesley e Wesley, que ocupavam cargos na administração da empresa na época, além de outros ex-funcionários.
O banco, no entanto, não tinha poder de fogo suficiente para aprovar a medida, já que os irmãos detém 40% das ações da empresa por meio de sua holding, a J&F.
Mas o BNDES alegou que havia conflito de interesse e que a J&F não deveria votar na assembleia. Os irmãos Batista discordaram e o assunto foi parar na arbitragem.
O tribunal arbitral impediu a J&F de votar na assembleia, que acabou ocorrendo nessa sexta-feira. Dessa forma, a empresa vai processar seus próprios controladores, pedindo indenização.
Ainda não se sabe qual será o valor da ação e nem que fórum. A JBS tem 90 dias para abrir o processo.
Em nota, a J&F agradeceu “a todos os acionistas minoritários da JBS, que deixaram isolado o voto de um acionista a favor do ingresso de ação de responsabilidade em face dos controladores”.
A holding que representa os Batista disse ainda que “estará atenta para responsabilizar quem quer que seja pelos prejuízos que a JBS poderá incorrer em virtude de uma ação temerária”.
O BNDES preferiu não se manifestar.
Clique aqui para acessar a página do CNN Business no Facebook