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    Cemig diz que afastou superintendente e gerentes após denúncia junto ao MP

    Empresa controlada pelo governo mineiro decidiu afastar uma série de funcionários de carreira com cargo de gerência na semana passada, sem detalhar motivos

    Por Luciano Costa, da Reuters

    A estatal Cemig afastou do cargo uma série de gestores de sua área de Suprimentos e Logística, após ter recebido uma denúncia feita junto ao Ministério Público de Minas Gerais, disse a companhia à Reuters nesta terça-feira, (12).

    A Reuters havia publicado mais cedo, com informação de fontes, que a empresa controlada pelo governo mineiro decidiu afastar uma série de funcionários de carreira com cargo de gerência na semana passada, sem detalhar motivos.

    Procurada, a companhia disse que tomou a iniciativa após ser procurada pelo MPMG, que requisitou informações sobre uma denúncia, sem fornecer maiores detalhes sobre o caso.

    “A Cemig esclarece que o afastamento em caráter preventivo do superintendente e de quatro gerentes da Superintendência de Suprimentos e Logística, todos funcionários de carreira da empresa, foi motivado por denúncia recebida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)”, afirmou.

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    “O MPMG decretou sigilo do inquérito. A Cemig, em observância aos rigorosos controles a que está sujeita, investigará as denúncias recebidas e cooperará com o MPMG”, acrescentou a companhia, que não abriu mais informações sobre a denúncia.

    Mais cedo, duas fontes disseram à Reuters que um dos afastados, na sexta-feira passada, foi o superintendente de Suprimento e Logística, Paulo Vanelli.

    Uma terceira fonte disse que gestores das áreas jurídica, de comunicação e de suprimentos também foram impactados, embora não seja possível saber se todos movimentos estão relacionados.

    “São uns 15 gestores, entre superintendentes e gerentes, que foram afastados de seus cargos… todos com carreira na Cemig”, disse.

    Não foi possível contato com Vanelli ou os demais empregados. O Ministério Público Estadual de Minas Gerais não respondeu a um pedido de comentários enviado na manhã desta terça-feira.

    Os funcionários não foram demitidos e seguem trabalhando na Cemig, mas foram afastados de seus cargos e funções originais e ainda não há informações sobre como e se serão substituídos, disse a terceira fonte.

    A movimentação vem cerca de um ano após uma mudança no comando da Cemig, que desde janeiro de 2020 é presidida pelo economista Reynaldo Passanezi Filho, ex-CEO da transmissora de energia Cteep.

    A Cemig é controlada pelo Estado de Minas Gerais, do governador Romeu Zema (Partido Novo), que já admitiu que tem como objetivo levar adiante uma proposta de privatização da companhia.

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